A escolha ao antigo governador civil de Leiria Carlos André para liderar o grupo que tem como objectivo avançar com o planeamento estratégico do concelho para a próxima década, adensou as divergências entre o presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes, e os três vereadores do PSD, que acusam o autarca de estar a preparar “um documento eleitoral” para sustentar a candidatura à Câmara nas Eleições Autárquicas do próximo ano.
O assunto foi um dos temas que dominou a reunião de Câmara da passada terça-feira, com uma troca de acusações e argumentos políticos entre os vereadores do PSD e o presidente da autarquia, pela escolha do professor catedrático para liderar o grupo de trabalho que vai elaborar o Plano Estratégico 2030 para o concelho, e o custo associado de 35 mil euros. Álvaro Madureira e Fernando Costa (ambos do PSD), criticaram a escolha de Carlos André, por considerarem que o documento estratégico para o concelho deveria ser elaborado por uma equipa multidisciplinar - sugerindo professores das várias áreas do Politécnico de Leiria - e não por um professor catedrático, por quem lhe reconhecem “qualidades na área de formação e não em termos estratégicos”.