Um ano depois de Coldplay... um sonho seria ter Taylor Swift em Coimbra

Faz hoje um ano. Coimbra embarcava numa grande aventura. Muito tempo antes, já a cidade andava nos preparativos. Ruas cortadas, acessos e estacionamentos condicionados, vias alternativas e a vida das pessoas do avesso. Afinal, Coimbra preparava-se para receber os Coldplay e, com eles, os 250 mil “sortudos” que, numa corrida inédita e verdadeiramente desenfreada, tinham conseguido chegar aos bilhetes para os quatro concertos que a banda britânica daria em Coimbra.
Um ano depois das pulseiras nos pulsos, de Chris Martin a cantar fado de Coimbra ou a sair do carro de madrugada para falar com os fãs que ainda mantinham a esperança de arranjar bilhete. Um ano depois dos Coldplay a partilhar o palco com Bárbara Bandeira, Ivandro, Carminho e, mais especial ainda, com os 5.ª Punkada e de uma cidade que sobreviveu a 250 mil fãs da banda a partilhá-la com uma Queima das Fitas...Francisco Veiga, vice-presidente da Câmara de Coimbra e um dos grandes responsáveis por esta aventura, não tem dúvidas em fazer um balanço positivo, recusando-se, por isso, a recordar os momentos difíceis.
«Prefiro guardá-los para mim», diz ao Diário de Coimbra, querendo antes celebrar um ano dos quatro concertos dos Coldplay em Coimbra.

E quando? Francisco Veiga lamenta que, de alguma forma, o Rock in Rio que se realiza este ano em Lisboa tenha “quebrado” esta onda que colocava Coimbra na rota dos grandes concertos, mas não desiste. Aliás, confirma que houve uma produtora que fez uma reserva do Estádio Cidade de Coimbra entre 1 de maio e 30 de junho de 2025... o que lhe dá confiança de que, tal como aconteceu em 2022, também daqui a uns meses poderá estar a confirmar um outro grande nome internacional que trará milhares de pessoas, de várias nacionalidades, até Coimbra.
Na altura em que foi abordado pela Everything is New, em fevereiro de 2022, tinha apenas a garantia que seria um «nome grande». Arriscou Adéle, Bruno Mars, entre outros, mas a produtora respondeu sempre que era «muito maior do que tudo isso»... E foi. «Costumo dizer que fui um sortudo», comenta Francisco Veiga, avançando, «sem falsas modéstias», que o seu «otimismo e assertividade» e o apoio do presidente da Câmara, foram «fundamentais». Ainda para mais quando um concerto por 110 mil euros se transformou em quatro por 440 mil euros...
Recorde-se que em junho, a Câmara de Coimbra anunciava um retorno económico direto de 36 milhões de euros só à conta da presença de Chris Martin e do resto da banda britânica em Coimbra. Uma presença que, aliás, incluiu o alojamento de toda a equipa em unidades hoteleiras da cidade.
Um ano depois, não há um pingo de arrependimento, nem mesmo por ter “trocado” a Super Especial do Rally pelos Coldplay. «São eventos diferentes, para públicos diferentes. Não nos arrependemos. O impacto e o retorno são evidentes», garante Francisco Veiga, sem esconder a vontade e a esperança de, dentro de pouco tempo, estar de novo a anunciar um (ou mais) grandes concertos em Coimbra.
De quem? A resposta à pergunta é, para já, com um sonho... e se é para sonhar, Francisco Veiga responde: Taylor Swift.