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Acidentes com veículos agrícolas provocaram três mortes no primeiro semestre deste ano

Agosto 30, 2024 . 18:48

Acidentes com veículos agrícolas provocaram três mortes no primeiro semestre deste ano

A GNR registou no primeiro semestre deste ano, oito acidentes com veículos agrícolas, realçando a importância da realização, de forma regular, da manutenção dos veículos.

A Guarda Nacional Republicana (GNR), através do Comando Territorial de Leiria, registou, no primeiro semestre deste ano, oito acidentes com veículos agrícolas – seis por capotamento e dois por atropelamento – dos quais, sete por manobras em trabalhos agrícolas e um por manutenção de veículo agrícola.

Dos acidentes ocorridos no distrito de Leiria resultaram quatro feridos leves, dois feridos graves e três vítimas mortais, sendo todos os condutores envolvidos nos acidentes do género masculino, um com 29 anos e os restantes com mais de 65 anos.

Em período homólogo do ano de 2023, o Comando Territorial de Leiria tem registo de oito acidentes com veículos agrícolas - quatro por capotamento, três por atropelamento e um por incêndio com veículo agrícola - sete dos quais por manobras em trabalhos agrícolas e um por incêndio do veículo agrícola.

Dos acidentes registados naquele período, resultaram dois feridos leves e três feridos graves, sendo um homem de 46 anos, seis homens e uma mulher com mais de 65 anos.

Numa resposta escrita enviada ao Diário de Leiria, o tenente-coronel da GNR de Leiria, Pedro Rosa, aponta a idade avançada dos agricultores como uma das principais causas de acidentes, especialmente quando associada à necessidade de realizar tarefas agrícolas em curtos períodos de tempo, “agravando o cansaço físico, próprio de uma atividade fisicamente exigente”.

Outras das causas apontadas, resultam do “excesso de confiança a operar máquinas que, para todos os efeitos, são perigosas e, por vezes, decorrem da falta de formação para o seu manuseamento”, esclarece ainda Pedro Rosa, dando conta que mais de 50% dos tratores “não dispõem de estruturas de proteção, sejam elas arcos ou cabines, acessórios importantes para a segurança do trabalhador”.

A GNR reforça a importância de efetuar regularmente a manutenção dos veículos, uma vez que o seu “mau funcionamento ou falta de limpeza podem causar acidentes”, bem como a utilização de “estruturas de proteção”, que “podem evitar a morte do condutor ou reduzir a gravidade dos ferimentos”.

Outras das recomendações da GNR para quem conduz veículos agrícolas e florestais é a utilização dos acessórios de iluminação e sinalização, de acordo com a lei; frequentar ações de formação teóricas e práticas, por forma a dar a conhecer os riscos da condução de tratores agrícolas; não conduzir sob o efeito de álcool, fadiga ou com excesso de velocidade; e respeitar os limites do trator. “Não sobrecarregue nem transporte passageiros ‘à pendura’. É proibido e perigoso”, alertou.

Sendo o capotamento a “principal causa a provocar vítimas”, a GNR alerta para o facto de que é obrigatório circular com arco de segurança, conhecido por ‘Arco de Santo António’, “erguido e em posição de serviço - esta obrigatoriedade aplica-se aos tratores homologados com esta estrutura - bem como a utilização do cinto e demais dispositivos de segurança com que os veículos estejam equipados”. Além disso, a GNR relembra que os tratores e máquinas agrícolas ou florestais e as máquinas industriais “estão agora obrigados a possuir avisadores luminosos especiais, rotativo de cor amarela”.

GNR registou 602 acidentes com veículos agrícolas

Já em julho, a GNR divulgou em comunicado ter registado, a nível nacional, no ano passado 602 acidentes rodoviários com veículos agrícolas, que causaram 40 mortos, 65 feridos graves e 224 feridos ligeiros.

A GNR adiantou que tendo em conta os dados da sinistralidade, os militares iriam reforçar ações de sensibilização aos utilizadores de tratores e máquinas agrícolas.

O objetivo, segundo a guarda, é “fazer cumprir as regras de segurança e prevenir a ocorrência de acidentes na manobra de veículos e máquinas agrícolas e florestais”.

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