Januário passou de herói a vilão
O Caldas apresentou-se sólido, aliás como é sua característica, recorrendo a um futebol prático e com o grande objetivo de chegar depressa à vantagem, perante um adversário, que, joga sempre sem reservas e com coragem, ou seja, procura sempre o golo.
A equipa do Sporting B ganhou vantagem, logo aos 5’, num remate de Mauro Couto, já na grande área, e na sequência de uma jogada muito bem definida por Afonso Moreira no flanco esquerdo. O Caldas teve uma pronta e enérgica resposta, atacando com determinação, e, sobretudo por força de uma pressão alta, criou alguns problemas à defesa leonina. Kevin Lopes rematou com perigo - a bola saiu junto ao poste - e Edu Monteiro, com um potente remate, de pé esquerdo, obrigou Guilherme Pires a defesa atenta.
O atrevimento do Caldas acabou por ser premiado, ainda no primeiro tempo, quando Nuno Januário, aos 35’, fez o golo do empate, ao aparecer, em velocidade, nas costas da defesa. Daí e até ao intervalo, os locais não abrandaram o ritmo, investiram fortemente no ataque, e procuraram desfazer a igualdade, o que não conseguiram porque do lado contrário encontraram uma forte resistência.
Na reabertura do jogo, os visitantes dispuseram de mais uma ótima ocasião, numa excelente jogada de João Simões (47’) pelo centro do terreno e com Mauro Couto, de pé esquerdo, a rematar para uma espetacular defesa de Luís Lopes. Pouco depois, a equipa do Caldas sofreu um forte revés, quando Nuno Januário (52’) foi expulso, ao ver o segundo cartão amarelo.
A partir desse momento, e como era aliás compreensível, o Sporting B assumiu a iniciativa do jogo, e, sem qualquer surpresa, chegou a novo golo, em mais uma boa iniciativa de João Simões, desta vez pelo flanco esquerdo - o cruzamento saiu rasteiro para a entrada da pequena área (59’), surgindo aí Gabriel Silva, apertado por um defesa, a desviar para o 1-2.
Com a vantagem garantida e com o adversário a jogar com menos um homem, o Sporting B sentiu-se muito mais confortável no jogo, e soube tirar um razoável rendimento dos espaços que o adversário lhe proporcionou na sua defesa. Os lisboetas criaram então quatro excelentes oportunidades para o 1-3, mas aí valeu a classe do guarda-redes Luís Lopes.
Uma nota final para a atitude competitiva da equipa do Caldas, que, apesar das adversidades, tudo fez para não perder o jogo, e, nos últimos minutos, dispôs de duas ocasiões - Ricardo Alexandre obrigou o guarda-redes Guilherme Pires a uma grande defesa (86’) e, já no período de compensação, Kevin Lopes atirou junto do poste.