Centros de saúde do Oeste avançam com projeto-piloto de teleconsulta

Os centros de saúde da região Oeste estão a iniciar a teleconsulta para responder aos utentes sem médico de família e complementar os cuidados de saúde primários prestados de forma presencial. “Por forma a dar resposta às necessidades de saúde dos seus utentes, com garantia de cuidados às pessoas que não têm médico de família atribuído, estão a iniciar-se consultas por vídeo, com médicos especialistas de Medicina Geral e Familiar”, refere a Unidade Local de Saúde (ULS) Oeste em comunicado.
Numa primeira fase, o projeto-piloto vai arrancar nos centros de saúde do Bombarral e de Peniche e vai ser alargado a outros “onde se verificam as maiores carências”, dando resposta aos pedidos dos utentes.
Na segunda fase, o projeto deverá estender-se aos centros de saúde “onde não tem sido possível garantir cuidados médicos preventivos aos grupos de risco e vulneráveis”. Com a medida, a ULS Oeste espera resolver a “lista de espera para consulta por iniciativa do próprio utente e iniciar o convite pró-ativo das pessoas com doença crónica”.
Até ao final deste ano, a previsão é de realizar 3.000 consultas nesta modalidade.
As teleconsultas vão decorrer nos centros de saúde, com apoio administrativo e de enfermagem, em gabinete individual, tal como aconteceria com a presença física de médico.
Nestas consultas, além da avaliação da situação atual do utente, poderão ser emitidas credenciais com vista à realização de exames complementares de diagnóstico, mediante a sua situação clínica, e, em caso de necessidade, poderá ser agendada uma consulta subsequente para reavaliação pela mesma equipa.
A teleconsulta insere-se num conjunto de soluções de utilização das ferramentas digitais como complementares aos cuidados prestados em termos presenciais, no que respeita a consultas médicas, tendo em conta as necessidades das pessoas, o investimento em cuidados de qualidade e a primazia pela medicina preventiva.
A Unidade Local de Saúde do Oeste agrega, desde o início do ano, numa única entidade os cuidados hospitalares repartidos pelas unidades de Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, e os cuidados primários de saúde ministrados pelos centros de saúde de Caldas da Rainha, Óbidos, Bombarral, Peniche, Lourinhã, Cadaval, Torres Vedras e Sobral Monte Agraço, abrangendo uma população de 235 mil habitantes.