Fnam avisa paralização conjunta no setor da saúde “se nada for feito”
A presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fnam), Joana Bordalo e Sá, admitiu, no Porto, uma paralisação conjunta dos profissionais de saúde, caso “nada seja feito” para resolver os problemas do setor.
“Se nada for feito, nós eventualmente até teremos que paralisar conjuntamente”
Joana Bordalo e Sá assumiu que, na terça-feira, “2/3 dos médicos fizeram greve” e que é esperada idêntica adesão durante o dia de hoje.
A responsável afirmou que a greve “Sente-se muito a nível dos blocos cirúrgicos. É, de facto, onde se sente mais. Portanto, foram milhares de cirurgias programadas que acabaram por ser canceladas, adiadas, assim como em termos de consultas de especialidade a nível hospitalar e consultas dos médicos de família nos centros de saúde”, afirmou.
A dirigente garantiu que “esta greve coincidiu com a dos enfermeiros, não foi concertada, mas acaba por não ser coincidência de alguma forma, porque todo o setor da saúde está descontente”.
Nas declarações que proferiu aos jornalistas, Joana Bordalo e Sá insistiu na ideia de que é necessário “uma ministra que perceba de saúde, senão o caos vai continuar. Nós vamos continuar a ter as grávidas a nascerem nas ambulâncias, vamos continuar a ter os serviços de urgência com equipas muito reduzidas. Ana Paula Martins tem que mudar de atitude ou, eventualmente, ser mesmo substituída, porque não está a levar a saúde para bom Porto".