Tecnologia espacial aplicada na Terra criou mais de 200 empregos qualificados em Portugal
O programa português de incubação de empresas que potencia a aplicação de tecnologia espacial na Terra faz dez anos e já contribuiu para a criação de mais de 200 empregos altamente qualificados e para 6,4 milhões de euros de faturação anual.
O Instituto Pedro Nunes (IPN), de Coimbra, coordena desde 2014 o Centro de Incubação de Empresas da Agência Espacial Europeia em Portugal (ESA BIC Portugal), tendo apoiado, ao longo de dez anos, 62 ‘startup’, numa iniciativa que tanto procura o desenvolvimento de tecnologia e conhecimento para a exploração espacial como a aplicação de tecnologia e dados usados no espaço para uso na Terra.
O programa, apesar de ser coordenado pelo IPN, estende-se por todo o país e que conta com projetos e ‘startup’ “de norte a sul, incluindo ilhas”.
Para Jorge Pimenta, a grande missão do programa é assegurar que o conhecimento aplicado no espaço possa ter consequências e benefícios para “as pessoas no seu dia-a-dia”.
Apesar do programa servir nos dois sentidos, é sobretudo na aplicação de tecnologia e conhecimento espacial na Terra que o ESA BIC Portugal tem crescido.
Segundo o diretor de Inovação do IPN, isso explica-se por o desenvolvimento de raiz de tecnologia para exploração espacial requerer um investimento inicial muito distinto, apesar de já haver empresas em Portugal que trabalham para missões espaciais.
“Se houver ‘startup’ para trabalhar nessa vertente, nós estamos cá para apoiá-las, agora elas não aparecem tanto porque o investimento inicial é muito maior”, aclarou.
De acordo com Jorge Pimenta, as perspetivas para o futuro “são positivas”, esperando que se mantenha uma curva de crescimento exponencial.