Envelhecimento das pessoas LGBTQI+ em debate
Entre hoje e terça-feira decorre em Coimbra o primeiro Fórum Internacional sobre envelhecimento LGBTQI+, organizado pelo Centro de Estudos Sociais (CES), da Universidade de Coimbra.
A Cristina Santos apontou que o principal objetivo é ir além da discussão de questões como a saúde ou o envelhecimento ativo, “olhando para os silêncios”, tendo como ponto de partida que as pessoas LGBTQI+ que hoje têm mais de 60 anos “ao longo da sua vida atravessaram tempos particularmente desafiantes”.
A coordenadora deu como exemplos a descriminalização da homossexualidade, que em Portugal aconteceu só em 1982, oito anos depois do 25 de Abril, ou o “estigma associado à chamada crise da SIDA”.
No que às pessoas LGBTQI+ diz respeito, a responsável lembrou que são pessoas que muitas vezes não têm laços familiares ou uma rede informal de apoio, “justamente por via da discriminação”, porque “viram os seus laços familiares, biológicos, cortados a partir do momento em que se assumiram”.
“Nós queremos que todas as pessoas se sintam seguras quando entram em espaços que têm a ver com cuidado, têm a ver com saúde, independentemente da idade e independentemente da orientação sexual e identidade de género”, acrescentou a responsável.
Ana Cristina Santos explicou que o fórum incide sobre os países do sul da Europa, para o qual foram convidados vários especialistas, sobretudo da academia, de vários países europeus para discutirem em conjunto questões associadas a políticas sociais e medidas a implementar.