Na semana em que recordamos quem partiu e lhes prestamos homenagem, é o momento de lembramos o seu valor e legado. Inevitavelmente associamos o respeito e a dignidade com que a vida e a morte merecem ser cuidadas.
Os Cuidados Paliativos minimizam o sofrimento e prezam por honrar a vida ao oferecer o suporte necessário à pessoa e sua família durante o seu processo de doença grave, de fim de vida e de morte. O acompanhamento dado pode facilitar uma despedida mais serena e promover uma vivência mais saudável do luto.
Mas o cuidado de fim de vida e o luto não deve ser apenas responsabilidade dos profissionais de saúde ou de cuidados paliativos, mas sim da comunidade como um todo. Valores compartilhados por todos! Uma partilha que nos lembra de que não estamos sozinhos na dor e de que a morte é a etapa natural da vida.
Uma comunidade compassiva deve ser aquela que se envolve no cuidado, no suporte e acolhe também na dor. Uma comunidade compassiva é a que procura identificar o sofrimento e as situações de adversidade das pessoas com doenças avançadas e em fim de vida. Por outras palavras, é uma comunidade que sente empatia com este sofrimento, se capacita para verificar os possíveis recursos que lhe deem resposta, e se mobiliza para aliviá-lo. Com isto, pretende-se que a comunidade em rede consiga, de forma autónoma, solucionar os problemas e necessidades destes membros, que vivem em condição vulnerável. A atividade de uma comunidade compassiva faz emergir o sentimento de solidariedade e de entreajuda entre os membros da comunidade, através de uma comunhão de forças que permite enaltecer o melhor lado de todos e para todos nós.