Greve esta sexta-feira levará a encerramento de escolas
Os trabalhadores não docentes realizam sexta-feira uma greve nacional por melhores condições de trabalho, acreditando que o protesto levará ao encerramento da maioria das escolas, mantendo-se abertas apenas uma minoria que não conseguirá garantir a segurança dos alunos.
Artur Sequeira, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) disse ter “dados concretos de uma grande greve”, que foi anunciada no início de setembro e que, perante a ausência de respostas do ministério da Educação, não foi desconvocada.
“O ministério, que já conhece esta greve há um mês, não agendou qualquer reunião com a federação no sentido de apresentar qualquer proposta de negociação com base no nosso caderno reivindicativo”, disse o sindicalista.
A criação de carreiras especiais é uma das “linhas vermelhas” dos trabalhadores que garantem que enquanto não for acautelada esta reivindicação “a luta irá manter-se”, salientou assim como os aumentos salariais.
Artur Sequeira lembrou que estes trabalhadores desempenham diariamente funções essenciais para o bom funcionamento das escolas, que vão desde a segurança, ao controle de conflitos nos recreios até à garantia de uma escola inclusiva.
A FNSTFPS também pede uma revisão da portaria de rácios que aumente o número de trabalhadores, defendendo que é preciso desenhar uma portaria que “não seja baseada em princípios economicistas mas sim em números reais para que a escola pública possa ser de qualidade”.
Os trabalhadores das escolas vão reunir-se junto à Basílica da Estrela, em Lisboa, para uma marcha até ao edifício do Ministério da Educação, Ciência e Inovação, que funciona junto à Avenida 24 de Julho.