Greve de trabalhadores não docentes fecha várias escolas no Centro
A greve convocada para hoje já levou ao encerramento de pelos 37 escolas e agrupamentos na região Centro, afirmou hoje o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Centro, Carlos Fontes.
Segundo Carlos Fontes, além das escolas que o sindicato já tinha a confirmação de estarem encerradas às 09:00, haverá estabelecimentos escolares que vão fechar “à hora de almoço e muitas delas vão encerrar antes, porque os diretores acabam por ver que não há condições de trabalho nem de segurança para os alunos”.
“Portanto, há muitas escolas que ainda estão a funcionar, debilmente, mas que, entretanto, encerram”, explicou.
Segundo o dirigente sindical, o pessoal não docente exige uma “carreira específica porque são trabalhadores que não trabalham com mercadoria, mas com crianças desde tenra idade”.
Carlos Fontes assume: “Como o Ministério [da Educação] não dá satisfação nem em termos de carreira nem em termos de valorização salarial, estes trabalhadores tiveram de recorrer à luta e, se nada for resolvido, mais luta haverá certamente”
Apesar de estes trabalhadores serem agora pagos pelas autarquias, no âmbito do processo de transferência de competências, é o Governo que tem o poder de aumentar os salários ou de criar uma carreira.
Da região Centro, irão cinco autocarros de trabalhadores em direção a Lisboa, onde está convocada uma concentração para as 14:30, junto à Basílica da Estrela para uma marcha até ao edifício do Ministério da Educação, Ciência e Inovação, que funciona junto à avenida 24 de Julho.
Na quarta-feira, Artur Sequeira, dirigente do FNSTFPS, antecipou uma greve muito participada, que leva ao encerramento da maioria das escolas, mantendo-se abertas apenas uma minoria que não conseguirá garantir a segurança dos alunos.