Guardas prisionais pedem separação entre segurança e reinserção social em Vale de Judeus
“Esperemos que a senhora ministra da Justiça perceba de uma vez por todas que para o sistema prisional funcionar tem que haver a separação da reinserção social e da segurança”, afirmou o presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, Frederico Morais.
Mais de 200 guardas prisionais concentrados hoje em Vale de Judeus pediram à ministra da Justiça que os ouça e separe a segurança e a reinserção social para que o sistema prisional português possa funcionar.
Além da solidariedade demonstrada para com os guardas do estabelecimento de onde há um mês se evadiram cinco reclusos, o encontro ficou marcado pelo apelo dos profissionais a que a titular da pasta tome medidas no sentido de “voltar ao antigamente, antes de 2012”, quando estes dois sistemas eram separados.
Na concentração, que segundo o presidente do sindicato contou com mais de 250 guardas prisionais de todo o país, o dirigente sindical do Corpo da Guarda Prisional, Sérgio Brilhante, lembrou que “não foi por alta de aviso” que a fuga de cinco reclusos aconteceu.
“Cerca de 65% do efetivo da guarda Prisional está se serviço todos os dias, 10 a 15% vai entrar de serviço às 16:00, o que impossibilita o pessoal de longe vir aqui”, disse, considerando “muito boa” a adesão de mais de 250 guardas ao protesto.
Os guardas estiveram concentrados entre as 11:00 e as 14:00 numa manifestação pacífica.