Casa onde viveu Mísia em Lisboa vai acolher residências artísticas
A residência da fadista Mísia em Lisboa vai acolher artistas de diversas áreas, e alguns objetos pessoais vão a leilão em novembro, divulgou hoje a Fundação Kees Eijrond.
A diretora executiva da Fundação Kees Eijrond, Mirna Queiroz, disse hoje que este projeto “estava pensado, mas não totalmente pormenorizado” com a fadista, que estabeleceu, há dois anos, contacto com a instituição neerlandesa que adquiriu a sua casa no Alto de Santa Catarina, na capital.
A ideia é abrir a casa a residências artísticas, mas também receber artistas internacionais que passem por Lisboa, explicou Mirna Queiroz, realçando que o objetivo é “manter vivo o legado de Mísia”.
A fundação abriu candidaturas e foram selecionados três projetos: o de Amado, o do escritor brasileiro Nuno Ribeiro e o da atriz portuguesa Francisca Neves.
Sebastian Figueiras recordou que a criadora de “Manto da Rainha” chegou a projetar “miniconcertos” na sua casa, onde receberia algumas pessoas, num ambiente íntimo.
Relativamente ao leilão de objetos como vestidos, joias, plumas, xailes, chapéus e fotografias da intérprete, vai realizar-se em novembro, indo ao encontro do desejo de muitos fãs que queriam ficar com uma recordação da artista, segundo Sebastian Figueiras.
O valor conseguido com o leilão “destina-se à construção de um túmulo, uma última pedra à altura da sua carreira”.
A fadista Mísia, que foi considerada uma inovadora do género musical, morreu aos 69 anos, em Lisboa, no passado dia 27 de julho.