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Número de lusodescendentes no ensino superior português afetado por falta de informação

Para o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, o facto de o número de estudantes se manter é revelador de que “tem de se fazer mais em matéria de informação”.

O número de estudantes lusodescendentes e emigrantes portugueses que acedem ao ensino superior português através do contingente especial tem-se mantido, devido à falta de informação, disse o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário.

“Pelo que me dizem, tem-se mantido” o número de estudantes a utilizar a quota reservada aos jovens lusodescendentes e aos emigrantes portugueses, afirmou José Cesário em declarações à agência Lusa durante a inauguração do Espaço Portugal, no Salon Partir Étudier à l'Étranger (Feira de estudos no estrangeiro), em Paris.

Para o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, o facto de o número de estudantes se manter é revelador de que “tem de se fazer mais em matéria de informação”.

“Estamos a falar de cerca de 15% que utiliza este contingente, isto significa que temos de fazer muito no domínio da transmissão da informação, do esclarecimento deles, para já acerca da oportunidade, depois acerca do modo como fazer, e se calhar vamos ter de simplificar também alguns passos”, referiu José Cesário.

Apesar da existência deste contingente especial, os estudantes lusodescendentes e emigrantes são confrontados com um processo burocrático para se candidatarem ao ensino superior em Portugal, algo que o secretário de Estado também se deu conta ao falar com os expositores portugueses.

Existem diversos fatores que dificultam a simplificação do processo de candidatura, como a “autonomia das escolas, que tem de se avaliar muito bem até que ponto é que é desejável ou não superá-la”, e a falta de uniformização das classificações, “mesmo dentro do espaço da União Europeia”, afirmou.

Contudo, “talvez seja possível haver uma forma mais eficaz de tratar estes assuntos. Eu vou daqui com alguma informação recolhida e vou naturalmente falar com o sr. ministro da Educação para ver se há alguma maneira de ajudarmos a simplificar um bocadinho as coisas”, afirmou secretário de Estado.

O evento que se realiza hoje e domingo na Porte de Versailles, para dar a conhecer as oportunidades aos estudantes do ensino secundário em França, contou com a participação da associação de jovens lusodescendentes Cap Magellan, bem como do Instituto Piaget, Instituto Politécnico de Leiria, Instituto Politécnico de Bragança, a Agência Nacional de Eramus+ e da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

“As nossas escolas superiores, universitários e politécnicos estão ainda numa fase de internacionalização plena, de angariação de alunos, e é absolutamente indispensável para elas poderem chegar a um público tão numeroso quanto o que existe aqui em França”, segundo José Cesário.

A presença destas instituições portuguesas pode levar a uma maior promoção das oportunidades de ensino em Portugal, especialmente para os emigrantes portugueses “que só muito parcialmente é que utilizam o contingente".

Para o secretário de Estado, os jovens que queiram estudar em Portugal podem ganhar “muita coisa” ao estudarem num país que “sabe receber”, e que embora já tenha sido mais barato tem “um custo de vida normalmente menor” do que aquele que existe em França.

Outubro 13, 2024 . 17:00

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