Setembro foi o segundo mês mais quente na Europa e no mundo
O mês de setembro foi o segundo mais quente na Europa e também em termos globais, ainda que em Portugal tenha sido considerado frio e seco, informou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Numa caracterização sobre o mês passado divulgada hoje, o IPMA destaca o facto de setembro ter sido o segundo mais quente alguma vez registado a seguir a setembro do ano passado, e que a temperatura média global foi de 16,17 graus celsius (°C), 0,73°C acima do valor médio 1991-2020.
O IPMA destaca ainda as estimativas de que o mês tenha sido cerca de 1,54°C mais quente do que a média pré-industrial de 1850-1900, sendo o 14.º mês “num período de 15 meses em que a temperatura do ar da superfície média global excedeu 1,5°C”.
O valor de 1,5ºC acima da média pré-industrial é aquele que segundo os cientistas não deve ser ultrapassado para impedir impactos graves e irreversíveis do aquecimento global. Foi estabelecido como uma meta a não ultrapassar por praticamente todos os países do mundo na cimeira do clima em Paris em 2015, de onde saiu o chamado Acordo de Paris.
Segundo o IPMA, na Europa o valor médio da temperatura do ar foi de 1,74°C acima do valor médio 1991-2020. Foi o segundo setembro mais quente, depois do mês de setembro de 2023.
As temperaturas do ar na Europa, diz o Instituto, estiveram acima da média no leste e nordeste da Europa, com ondas de calor na Noruega e na Suécia e, abaixo da média, numa grande parte da Europa Ocidental, incluindo França, a maior parte da Península Ibérica e Islândia.