Agência espacial europeia avança com programa de satélites lunares
A Agência Espacial Europeia (ESA) lançou hoje um programa para a criação de uma constelação de cinco satélites na órbita da Lua para auxiliar as comunicações e navegação de astronautas e robôs na superfície lunar.
O primeiro dos satélites, de transmissão de comunicações começará a operar em 2026, ano em que Estados Unidos esperam regressar à superfície da Lua, com a primeira astronauta mulher e o primeiro astronauta negro.
Posteriormente serão colocados gradualmente em órbita os restantes satélites, de navegação, que ficarão operacionais entre 2028 e 2030.
Segundo um comunicado da ESA, que hoje contratualizou o programa, chamado Luar, no Congresso Internacional de Astronáutica, em Milão, Itália, os satélites irão permitir alunagens "precisas e autónomas" e "mobilidade de superfície" e facilitar "a comunicação e transferência de dados de alta velocidade" entre a Terra e a Lua.
Na nota, a ESA salienta que a constelação de satélites "é essencial para o regresso da humanidade e a sua presença a longo prazo na Lua" e "aumenta a eficiência e reduz significativamente os custos operacionais e de utilização".
De acordo com a ESA, mais de 400 missões lunares estão planeadas para os próximos 20 anos por agências espaciais e empresas privadas.
A constelação de satélites do programa Luar estará ligada à Terra através de três estações, criando uma rede de dados que se estende até 400 mil quilómetros.
A ESA, da qual Portugal é Estado-membro, está a colaborar com as congéneres norte-americana, NASA e japonesa, JAXA na definição de padrões de comunicação e navegação lunares para garantir "a compatibilidade" dos sistemas com "as futuras infraestruturas e tecnologias lunares".