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Defesa dos arguidos do departamento financeiro do BES rejeita falsificação de contas

Segundo o Ministério Público, a derrocada do GES terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros

O advogado João Costa Andrade que representa quatro arguidos do departamento financeiro do BES, assegurou que os seus clientes não falsificaram contas no GES nem fizeram pactos corruptivos, reiterando a convicção de que serão absolvidos.

Na exposição introdutória realizada no segundo dia do julgamento do processo BES/GES, no Juízo Central Criminal de Lisboa, o mandatário de Paulo Ferreira, Pedro Serra, Pedro Pinto e Nuno Escudeiro, do Departamento Financeiro, Mercados e Estudos (DFME) do BES, descreveu os seus clientes como a “arraia-miúda” do processo e criticou a acusação proferida pelo Ministério Público (MP).

Não enganaram a Comissão Executiva (CE) do BES, nem sabiam sequer que a CE estava a ser enganada. A CE não foi sequer objetivamente enganada. Não falsificaram as contas da ESI, não sabiam que as contas estavam falsificadas e isto mesmo é escrito pelos acusadores”, disse o advogado.

Segundo João Costa Andrade, os quatro arguidos “nunca firmaram qualquer pacto corruptivo” e agiram entre 2009 e 2014 - anos nos quais, de acordo com o MP, a sociedade ESI estava já em situação de insolvência, com a crença de que “a ESI e as outras entidades eram sãs”.

Assegurando, a título de exemplo, que os antigos elementos do DFME não tinham conhecimento do organograma do grupo, João Costa Andrade reivindicou ainda tempo para as defesas exporem os seus argumentos no julgamento com vista à absolvição.

Segundo o Ministério Público, a derrocada do GES terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

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