Reserva de sangue abaixo do habitual
A reserva nacional de sangue está atualmente abaixo do habitual, razão pela qual o diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), António Gandra D'Almeida, pediu hoje à população que dê sangue de forma mais regular.
“Isto não é um apelo a uma dádiva esporádica e pontual. É um pedido. Desejamos que as dádivas sejam regulares e que mantenham a consistência ao longo do ano”, sublinhou António Gandra D'Almeida, no Porto e após doar sangue ao lado de mais elementos da Direção Executiva do SNS.
O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) tem atualmente 8.000 unidades de sangue, quando habitualmente neste período a reserva nacional costuma rondar as 10.000.
Salvaguardando que esta “não é uma quebra alarmante”, o diretor executivo recordou que “todos os dias são precisas muitas unidades de sangue e derivados no SNS”.
“As reservas estão um bocadinho abaixo do número ideal. É importante doar de forma regular. Todos os dias tratamos e operamos muitos milhares de doentes no SNS e depois existem as emergências”, frisou.
Diariamente, os hospitais portugueses precisam de, aproximadamente, 1.100 unidades de sangue, para dar resposta às necessidades dos doentes.
Reiterando que “este é um apelo à dádiva regular” e não uma campanha pontual, o diretor-técnico do Centro de Sangue e da Transplantação do Porto, Jorge Condeço, apontou que “são precisos todos os tipos de sangue, mas, neste momento a diminuição do número de dias de reserva é maior nos grupos A e O”.
Antes da dádiva de sangue, é realizada uma avaliação clínica por um profissional de saúde qualificado para avaliação individual do risco das circunstâncias clínicas identificadas.
Se não forem identificadas situações que possam pôr em causa a sua segurança, enquanto dador, e a segurança do recetor, enquanto doente, poderá dar sangue.
A nível nacional, as colheitas de sangue são realizadas pelo IPST, IP, responsável por cerca de 60%, sendo os restantes 40% colhidos pelos serviços hospitalares.