UE aprova última parcela de apoio à agência da ONU para palestinianos
A União Europeia (UE) aprovou hoje uma nova parcela de 16 milhões de euros para a agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos, completando assim o financiamento de 82 milhões previstos.
Segundo um comunicado hoje divulgado, a Comissão Europeia processou o pagamento da nova parcela de financiamento da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos no Médio Oriente, UNRWA, na sigla inglesa, no valor de 16 milhões de euros, que se soma aos 66 mil euros já desembolsados em março, completando o montante previsto de 82 milhões de euros.
Este terceiro desembolso, considera o executivo comunitário, “está alinhado com as condições negociadas entre a Comissão e a UNRWA para reforçar os processos de neutralidade e os sistemas de controlo da Agência".
Em março, Israel alegou que um número significativo de trabalhadores da agência eram membros de organizações terroristas, embora uma investigação externa tenha concluído, cerca de um mês depois, que as autoridades israelitas não tinham fornecido provas suficientes para fundamentar as alegadas ligações terroristas.
A UNRWA presta serviços essenciais de proteção e assistência a milhões de pessoas em Gaza, na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, e em toda a região, incluindo o Líbano, a Síria e a Jordânia.
O Hamas lançou a 7 de outubro de 2023 um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, que causou a morte de mais de 1.140 pessoas em Israel, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelitas.
Cerca de 240 pessoas foram raptadas e levadas para Gaza, segundo as autoridades israelitas. Destas, perto de cem foram libertadas no final de novembro, durante uma trégua em troca de prisioneiros palestinianos, e 132 reféns continuam detidos no território palestiniano, 28 dos quais terão morrido.
Em resposta ao ataque, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.