Alentejo celebra dez anos do Cante Alentejano como Património Imaterial da Humanidade
Colóquios, exposições, concertos, missas e cantadas vão celebrar os 10 anos da proclamação do Cante Alentejano como Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela UNESCO, anunciaram hoje, em Lisboa, os organizadores.
A programação foi apresentada na Casa do Alentejo, em Lisboa, pelo presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, José Santos, que se referiu ao Cante como um “ícone da cultura e identidade” da região. Na conferência de imprensa participaram também algumas autarquias do Baixo Alentejo, que deram conta do trabalho desenvolvido na última década.
Entre os “pontos altos” da programação, José Santos destacou o concerto no próximo dia 3 de novembro, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, “EnCanto Sinfónico”, em que vão participar 11 grupos de Cante de Serpa, e uma orquestra sinfónica constituída pela Banda Filarmónica de Serpa, com 50 músicos convidados.
Os municípios Serpa e Beja concentram o maior número de atividades. Serpa que liderou a candidatura, a partir da Casa do Cante, atual Museu do Cante, desde 2011, quando começou o processo de candidatura.
O Cante Alentejano foi proclamado Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), a 27 de novembro de 2014, em Paris.
O atual Museu do Cante, em Serpa, é o responsável pelo plano de salvaguarda do Cante, no âmbito das obrigações da classificação pela UNESCO.
Entre as celebrações nos 11 concelhos Alentejanos e em Lisboa, hoje foi também destacada a exposição de pintura “EmCante”, de Andrew Smith, no Centro UNESCO, em Beja, dedicada às Santas Cruzes e aos Jordões, acompanhada por modas religiosas do cancioneiro tradicional.