Investimento na investigação melhorou na UE mas ainda está longe de 3% do PIB
A Comissão Europeia reconheceu hoje que apesar de haver mais investimento na inovação e investigação, e de ser mais “integrado, eficiente e atrativo” no mercado único, ainda “está longe” de alcançar os 3% do PIB.
“Por cada euro investido, conseguimos captar quatro euros do setor privado”, disse a comissária para a Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude, Iliana Ivanova, em conferência de imprensa, em Estrasburgo (França).
Em comunicado, o executivo comunitário dá conta de que a União Europeia “trabalhou para criar um mercado único mais integrado, eficiente e atrativo para a investigação e inovação”.
“Mas é preciso fazer mais para alcançar a totalidade do potencial” existente nos 27 países da União Europeia, dá conta a Comissão na avaliação que fez sobre a implementação da Área de Investigação Europeia (ERA, na sigla em inglês).
A Comissão Europeia quer priorizar os investimentos, “alinhar os esforços de investigação e inovação, apoiar reformas” através, por exemplo, da política de coesão e do Mecanismo de Recuperação e Resiliência.
A União Europeia “ainda está longe de atingir o objetivo de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) investido em investigação e desenvolvimento” e o principal problema “continua a ser o investimento privado baixo, que é coartado por barreiras administrativas, regulatórias e legais que têm de ser resolvidas”, reconheceu o executivo comunitário.
Apesar de um investimento de cerca de mil milhões de euros ao abrigo de projetos colaborativos do Horizon Europe, “ainda é preciso fazer mais para reduzir as burocracias e informar melhor os investigadores sobre as suas oportunidades”.
A Comissão Europeia concluiu que é necessário “aprofundar a ERA”, melhorando as condições de trabalho e o desenvolvimento das carreiras dos investigadores e “resolvendo as disparidades que persistem” em todos os países da União Europeia e “a acessibilidade a infraestruturas de investigação e tecnológicas europeias”.