Incêndios em contentores do lixo investigados e zona com vigilância reforçada
Depois de, na madrugada de sexta-feira, ter sido registado um incêndio em dois ecopontos na Rua João 21, em Leiria, na madrugada da passada segunda-feira, a PSP foi chamada para uma outra ocorrência, de um ecoponto queimado na Rua Sá de Miranda.
Ambos os casos estão a ser investigados pela Polícia Judiciária (PJ).
O comandante distrital de Leiria da Polícia de Segurança Pública (PSP), Domingos Urbano Antunes, adiantou que “há o registo, às 05h35 da manhã, de um ecoponto que foi queimado, vandalizado”.
“Comunicámos à PJ, que é a entidade competente por investigar crimes de incêndio de natureza dolosa”, declarou à Lusa Domingos Urbano Antunes, esclarecendo que outra ocorrência semelhante, na madrugada de sexta-feira e no mesmo local, foi, igualmente, remetida para a PJ.
Na rede social Facebook, o presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes, escreveu que a cidade “voltou a ser palco, esta madrugada, de mais um ato de vandalismo”, referindo que, “nos últimos dias, ocorreram dois episódios semelhantes no mesmo local, com contentores de recolha de lixo incendiados, atingindo num dos casos uma viatura”.
“Condenamos, veementemente, estes crimes, que não servem propósito algum senão o de destruir o património que pertence a todos”, declarou o autarca, anunciando a apresentação de queixa “junto das autoridades competentes, com o objetivo de identificar e responsabilizar os autores desses atos”.
Na mesma publicação, Gonçalo Lopes apelou para o “respeito pelo espaço público e à colaboração de toda a comunidade”, para manter a cidade cuidada e segura.
Segundo o Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil da Região de Leiria, o alerta com a indicação de um caixote do lixo a arder, na Rua Sá de Miranda, nas imediações da Avenida Marquês de Pombal, chegou às autoridades às 05h32.
Vigilância reforçada
O vereador independente, Álvaro Madureira, condenou ontem, na reunião de Câmara, os atos de “vandalismo” de que a cidade de Leiria tem sido alvo, considerando que todas estas situações são “um mau cartão de visita”.
Álvaro Madureira apelou ainda ao executivo para que “se faça o possível” para que casos como estes não se voltem a repetir.
O vereador que tem, entre outros, o pelouro da Proteção Civil, Luís Lopes, esclareceu que a vigilância foi reforçada no local onde o delito aconteceu, assim como “noutros locais potencialmente estratégicos” para este tipo de ocorrências. “Este tipo de reforço de vigilância é executado pelas forças de segurança, precisamente para que esta questão da impunidade não exista”, justificou.
Luís Lopes explicou ainda que a situação aconteceu no mesmo local, com a diferença de três dias, tendo sido garantido o combate ao incêndio e a segurança dos habitantes. “Houve danos num veículo que não levou à sua perda total”, acrescentou.
O vereador salientou ainda que foi, igualmente, feita a limpeza e substituição dos contentores.
“Entendemos que este foi um ato oportunista relativamente ao que aconteceu em Lisboa. Ainda assim, não são atos isolados até porque temos tido outros que temos tido o cuidado de reportar e de resolver”, frisou, dando como exemplo os grafites.