Ativista Greta Thunberg diz que Trump é "muito mais perigoso" que Kamala Harris
A ativista sueca Greta Thunberg afirmou que o candidato republicano Donald Trump é “muito mais perigoso” nas próximas eleições presidenciais norte-americanas, mas recordou que tanto Trump como a democrata Kamala Harris têm “sangue nas mãos”.
“Independentemente da vitória de Trump ou Harris, os Estados Unidos, um país construído com base em terras roubadas e no genocídio dos povos indígenas - continuarão a ser uma potência mundial imperialista e hiper-capitalista que continuará a conduzir o mundo para uma sociedade mais racista e desigual, com uma emergência climática e ambiental crescente”, escreveu Greta Thunberg na rede social X e citada pela agência Efe.
A ativista ambiental afirmou que a sua mensagem para os americanos é que não podem simplesmente optar pelo “mal menor”, em referência ao atual vice-presidente Harris.
“A democracia não é apenas uma vez de quatro em quatro anos, mas todas as horas de todos os dias”, afirmou, sublinhando que votar ‘não é suficiente’.
Para a ativista sueca não há dúvida de que o candidato Donald Trump é muito mais perigoso do que a candidata Kamala Harris, mas a jovem ativista critica, por outro lado, a administração cessante do Presidente Joe Biden e da sua vice-Presidente Kamala Harris pelo seu apoio a Israel e à sua ofensiva na Faixa de Gaza.
“Não esqueçamos que o genocídio na Palestina está a decorrer sob a administração de Joe Biden e Kamala Harris, com dinheiro e cumplicidade americanos”, referiu a ativista.
“Não é de modo algum feminista, progressista ou humanitário bombardear crianças e civis inocentes. É o oposto”.
A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada a 7 de outubro de 2023 pelo ataque sem precedentes do Hamas contra Israel, que causou a morte de 1.206 pessoas, na sua maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelitas, incluindo reféns mortos ou que morreram em cativeiro.
A ofensiva de retaliação de Israel em Gaza causou 43.259 mortos, na sua maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, que a ONU considera fiáveis.
A ativista exortou os americanos a irem além do exercício do seu direito de voto e a tomarem medidas políticas, manifestando-se contra as “consequências catastróficas do imperialismo americano”.