As Eleições Norte Americanas
Escrevo a uma semana das eleições norte americanas, não apenas para a Presidência, mas também para o Senado e para a Câmara dos Representantes. Com a nota de que a próxima eleição presidencial é porventura a mais importante dos últimos cem anos, não apenas para os Estados Unidos, mas para todo o planeta, porque a possível eleição de Donald Trump representará um perigo para a defesa dos valores democráticos que têm nos Estados Unidos uma liderança que nenhum democrata pode ignorar.
O planeta não democrático da Rússia à China, de Cuba à Venezuela, da Coreia do Norte ao Irão, espera que essa vitória seja a derrota da NATO e uma porta aberta para a guerra e para a expansão dos seus territórios à custa dos outros países da sua esfera de acção. Para começar, há uma forte probabilidade da Ucrânia ficar entregue à voracidade de Putin e Taiwan entregue ao calculismo expansionista da China. Mas não só, sem a histórica liderança dos Estados Unidos que já salvou as democracias europeias por duas vezes, o chamado mundo livre ficará sem o escudo protector da democracia americana, com o perigo da União Europeia vir a submergir por força das suas tradicionais divisões e da falta de coragem de muitos dos seus dirigentes e votantes. Sem esquecer que Putin já conquistou demasiados amigos na Europa e até em Portugal.
Acontece que mesmo sem a vitória de Trump existe o risco da não aceitação dos resultados eleitorais da parte dos loucos ignorantes que apoiam Trump e que estarão prontos para colocar em causa a tradicional sabedoria e a força das instituições democráticas dos Estados Unidos.
Vivemos hoje num planeta em crise de valores éticos e democráticos, submergidos pela mentira e pelas divergências fabricadas com frequência por uma certa comunicação social irresponsável. Mas não só, somos vítimas de que num planeta com desafios muito complexos, só exista como instrumento de gestão política global as Nações Unidas, instituição envelhecida, sem rumo certo e fortemente inoperante por anos de controvérsias e de desafios mal resolvidos. Mas também por sistemas educativos caducos, apenas baseados em conhecimentos, cada vez mais de origens tecnológicas e ideológicas e sem o equilíbrio dos valores e das competências sociais.
Vivemos hoje num planeta em crise de valores éticos e democráticos, submergidos pela mentira e pelas divergências fabricadas com frequência por uma certa comunicação social irresponsável
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