Município de Leiria reforça serviço de segurança para centros de saúde
O município de Leiria contratou o reforço de serviços de segurança para os Centros de Saúde Dr. Arnaldo Sampaio e Dr. Gorjão Henriques, dado o “contexto de crescente procura nos serviços de saúde do concelho e da necessidade de criar um ambiente mais seguro e funcional para todos”.
Esta medida representa um custo adicional de 56 mil euros por ano, sendo que este é “um encargo que não se encontra contemplado na transferência de competências na área da saúde”, esclarece a autarquia.
Em comunicado, a Câmara explica que “até agora, estavam apenas contempladas três horas com segurança nos dias úteis e 4,5 horas nos restantes dias, verificando-se a necessidade de garantir um acréscimo de 9,5 horas por dia, devido ao aumento do número de utentes e à necessidade de garantir um ambiente seguro para utentes e funcionários”.
A medida foi assumida pelo município após a reunião da Comissão de Acompanhamento e Monitorização da Implementação das Competências na Área da Saúde, em que se discutiram os desafios enfrentados dos centros de saúde no que toca à segurança e ao aumento da afluência.
Este reforço, que teve início dia 1, será formalmente comunicado à Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL), solicitando que sejam considerados os encargos adicionais e avaliadas as necessidades de financiamento complementar.
“O município está a antecipar este investimento no sentido de garantir as melhores condições para a prestação de cuidados de saúde à nossa população, mas entendemos que tem de ser feita uma avaliação dos custos que estamos a assumir e que não estão a ser acompanhados pelas respetivas transferências”, defendeu o presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes, acrescentando que o montante transferido para o município não é suficiente para fazer face aos custos necessários para garantir boas condições de trabalho para os profissionais de saúde.
Na reunião, foi efetuada uma análise dos custos adicionais associados à manutenção e conservação das unidades de saúde, tal como a revisão dos contratos de limpeza e os desafios relacionados com os contratos de fornecimento de água, luz e gás.
Foi ainda defendida a necessidade de ajustar os valores transferidos pela DGAL para refletir os encargos reais do município.