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PCP e Livre acusam Governo de não responder a problemas no INEM e pedem reforço de meios

“A verdade é que este problema da falta de meios do INEM é um problema que já vem de trás, que o Governo do PS não resolveu", afirmou Paula Santos

O PCP e o Livre acusaram hoje o Governo de não estar a dotar o INEM dos meios necessários para responder às necessidades de socorro da população e pediram que valorize as carreiras dos seus profissionais.

Em conferência de imprensa na Assembleia da República, a líder parlamentar do PCP, Paula Santos, lembrou que, nesta legislatura, o seu partido já requereu uma audição da ministra da Saúde precisamente sobre a “falta de meios do INEM”, seja de trabalhadores, mas também de “meios de emergência, nomeadamente terrestres e aéreos”.

A verdade é que este problema da falta de meios do INEM é um problema que já vem de trás, que o Governo do PS não resolveu, e que este Governo não assumiu qualquer compromisso para a resolução destes problemas”, afirmou Paula Santos.

A líder parlamentar do PCP defendeu que há “falta de trabalhadores do INEM”, dando o exemplo dos técnicos de emergência pré-hospitalar - atualmente em greve - que, segundo disse, são “pouco mais de metade face ao que está previsto no mapa de pessoal”.

Portanto, o que se exige por parte do Governo é a adoção de medidas para que o INEM seja dotado quer do número de trabalhadores, quer dos meios de emergência que são necessários para assegurar o socorro à população”, afirmou, salientando que, até ao momento, a ministra da Saúde não tem mostrado qualquer resposta para este problema.

Para Paula Santos, isso passa pela valorização das carreiras e dos salários dos trabalhadores do INEM, e também garantir que lhes são dadas condições de trabalho adequadas.

Interrogada sobre a possibilidade de demissão da ministra da Saúde, a líder parlamentar do PCP respondeu: “Imaginemos que sai esta ministra, vem outro ministro, e quais é que são as opções políticas, quais é que vão ser as respostas e as soluções?”.

Vão valorizar as carreiras, valorizar os salários, valorizar as condições de trabalho? Estas é que são as questões. A questão de fundo aqui não são as pessoas que estão nos lugares, são as opções políticas que estão subjacentes”, afirmou.

Por sua vez, a líder parlamentar do Livre, Isabel Mendes Lopes, defendeu que “a saúde não pode ser governada com uma navegação à vista” e deve ter uma estratégia, salientando que o problema de falta de meios no INEM já estava identificado há muito tempo e a ministra da Saúde tinha dito que o iria resolver em 60 dias de governação.

A verdade é que isso não aconteceu e, portanto, parece-nos que é uma situação muito grave e é preciso responder ao problema, já identificado há muito tempo, de falta de recursos humanos do INEM”, afirmou.

Isabel Mendes Lopes sustentou ainda que a ministra da Saúde deve dar explicações sobre o que é que pretende fazer para resolver a situação atual.

Temos de perceber se, de facto, há condições para esta ministra continuar, porque não tem sido dada a prioridade necessária para resolver este assunto, que é essencial resolver”, afirmou.

Interrogada se a ministra se deveria demitir, Isabel Mendes Lopes disse que espera pelas explicações de Ana Paula Martins, mas ressalvou que, “se o panorama continuar como tem sido até agora”, a continuidade da governante deve ser repensada.

Nestas conferências de imprensa, as líderes parlamentares do PCP e do Livre foram questionadas se tencionam aprovar o requerimento do PS, hoje anunciado, para a audição do presidente do INEM, tendo ambas afirmado que sim.

Novembro 7, 2024 . 13:52

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