A autoconsciência de viver numa bolha contemporânea
Dou por mim a ver cada vez menos televisão, ouvir pouca rádio e ler quase nada de jornais em papel. Trabalho, a esmagadora maioria do tempo, em casa e a generalidade das minhas interações laborais são online, apesar de trabalhar com jogos, simulação e processos de aprendizagem e tomada de decisão analógica presencial. Neste contexto, vou sabendo de notícias são, os resumos esporádicos que ouço quando vou levar os miúdos à escola, os 5 minutos de noticiário televisivo se me lembrar de ligar a televisão nas refeições, os jornais online que passo a correr quando uso um motor de pesquisa. É claramente pouco.
Vivo, evidentemente, numa bolha informativa, apesar de estar sempre a pesquisar sobre assuntos muito específicos. No que toca a informação generalista, tendo a ver os mesmos canais e rádios. O jornal online é sempre o mesmo e nos motores de pesquisa, tal como as redes sociais, o que aparece destacado resulta dos algoritmos que tentam reforçar as minhas preferências e tendências. Para além disso, tenho cada vez menos conversas informais e casuais.
O ato social e cultural de jogar estes jogos tão diversos na nossa era traz lufadas de ar fresco, retiradas das outras bolhas e realidades, mas que podemos explorar em ambientes seguros e mediados pelo próprio jogo
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