A celebração do 25 de Novembro
Meio século depois da Revolução dos Capitães, o 25 de Novembro vai ter direito a ser comemorado em sessão solene na Assembleia da República (AR), de forma semelhante ao 25 de Abril, por decisão dos deputados do centro e da direita na AR. A sessão será presidida pelo presidente da Assembleia da República, não faltando o discurso do chefe de Estado e dos representantes dos vários grupos parlamentares, embora dispondo todos de menos tempo do que no 25 de Abril.
O triunfo do Movimento das Forças Armadas, ocorrido há 5 dezenas de anos, trouxe mudanças estruturais muito positivas para o destino político, económico e social da Nação.
Na verdade, depois da agitação inicial do período revolucionário que se prolongou até pelo menos ao dia 25 de Novembro de 1975, ganhou raízes, e ainda bem, a democracia política, a nível do poder central e do poder local, acabou de vez com todos os organismos da ditadura. A Constituição de 1976, ainda hoje em vigor embora com grandes alterações, sobretudo nos anos de 1982 e de 1989, foi a grande obra legislativa que marca o início de uma democracia consolidada, que alguns denominam como III República.
Acabou a Guerra, extinguiu-se a PIDE, reconheceu-se o direito de opinião e de reunião, terminou a Legião e a Mocidade portuguesas, constituíram-se, livremente, partidos políticos e sindicatos, libertaram-se todos os presos políticos e prometeu-se tudo fazer para melhorar a vida do nosso povo, tão sofrido e vilipendiado.
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