Deputados do PS pedem ao Governo a adoção de medidas para pôr fim ao fogo bacteriano
Na sequência da queda de produção da pera rocha registada nos últimos anos, os deputados do Partido Socialista (PS), eleitos por Leiria, recomendaram ao Governo o reforço dos meios da Direção--Geral de Alimentação e Veterinária para “aplicação das medidas de contenção da doença que afeta a pera rocha”, vulgarmente designada por fogo bacteriano.
O reforço dos meios de investigação do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária e de outras entidades do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia dedicadas ao estudo do fogo bacteriano e da estenfiliose foi outra das sugestões apresentadas.
Em comunicado de imprensa enviado às redações, os parlamentares recomendam “que o Governo avalie a eficácia de substâncias ativas até agora não homologadas em Portugal no combate à doença”, assim como a criação de uma “linha de crédito específica para apoiar a replantação em todo o território nacional dos pomares de pomóideas afetados”.
Os socialistas sugerem ainda a implementação de um “sistema de monitorização fitossanitária rigoroso, para a deteção precoce do fogo bacteriano e estenfiliose”.
No comunicado, os parlamentares sublinham que o fogo bacteriano se tornou “endémico”, sendo que “o seu controlo eficaz requer vigilância exaustiva e a deteção precoce de árvores doentes e a sua eliminação”.
Nos últimos anos, “o cultivo da pera rocha tem apresentado um declínio face a condições climáticas adversas e a questões fitossanitárias, como o fogo bacteriano e a estenfiliose, com produções em queda”.
De acordo com os deputados, a produção de pera rocha manteve-se nas 225 mil toneladas em 2021 e em 2024, caiu para as 128 mil.