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Concedidos mais de 81 mil vistos de residência em 2023, a maioria a cidadãos da CPLP

Além dos vistos para residência, os postos consulares concederam 21.113 vistos de estada temporária, mais 27,5% face a 2022

Os postos consulares portugueses concederam mais de 81 mil vistos para residência em 2023, a maioria a cidadãos dos países de língua oficial portuguesa, segundo as estatísticas demográficas referentes a 2023, publicadas hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

No ano passado, o número de vistos concedidos nos postos consulares portugueses aumentou 47,1%, com 102.528 vistos concedidos, o número mais elevado desde 2015, o período em análise nas Estatísticas Demográficas 2023.

Do total, 81.415 foram concedidos para residência, representando 79,4% do total e com um acréscimo de 53,3% face ao ano anterior.

De acordo com o relatório publicado hoje no portal do INE, 56,1% dos vistos para residência foram concedidos a homens e sobretudo a cidadãos dos países de língua portuguesa, designadamente Brasil, Cabo Verde, Angola, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, que representam 63,3%.

Além dos vistos para residência, os postos consulares concederam 21.113 vistos de estada temporária, mais 27,5% face a 2022.

Neste caso, a maioria dos vistos foi concedida a mulheres (51,8%) e os cidadãos oriundos de Angola, Brasil, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Cabo Verde e Moçambique representam 71,1%.

As Estatísticas Demográficas 2023 revelam ainda que 16.985 estrangeiros residentes em Portugal adquiriram a nacionalidade portuguesa em 2023, menos 18,5% em relação a 2022.

A principal via para a aquisição da nacionalidade portuguesa por estrangeiros residentes em Portugal foi a naturalização por residência em território nacional há pelo menos seis anos (63,6%) seguida de “casamento ou união de facto há mais de três anos com cidadão português” (14,8%)”, refere o relatório.

Por outro lado, 24.408 estrangeiros não residentes em Portugal adquiriram a nacionalidade Portuguesa, menos 3,8% face ao ano anterior e oito em cada 10 por serem “descendentes de judeus sefarditas portugueses”, registando-se aqui um aumento de 10,2%.

O casamento ou união de facto com cidadão português há mais de três anos manteve-se como segundo motivo mais representativo, apesar do decréscimo de 21,5%.

Em 2023, residiam em Portugal 10.639.726 pessoas, o que representou um aumento pelo quinto ano consecutivo da população residente no país.   

De acordo com as Estatísticas Demográficas 2023, “o acréscimo populacional resultou do saldo migratório positivo”, com uma taxa de crescimento migratório de 1,47%, em compensação pelo saldo natural negativo.

Estima-se que tenham entrado em Portugal perto de 190 mil imigrantes permanentes, mais 13,3% do que o estimado para 2022, sendo que pouco mais de metade eram homens, 80,8% pessoas em idade ativa e mais de 70% nasceram e residiam anteriormente num país fora da União Europeia.

Novembro 16, 2024 . 18:10

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