Melanie Santos quer inspirar gerações e mais mulheres no triatlo
A triatleta portuguesa Melanie Santos apresentou um livro que retrata o seu percurso desportivo e pretende inspirar futuras gerações, ambicionando estar nos Jogos Olímpicos Los Angeles2028, com mais mulheres na modalidade.
‘Além da linha de chegada. A jornada olímpica’ é o título da obra da autoria da atleta do Benfica, lançado em Alcobaça, de onde é natural.
“É o meu primeiro livro, tem o meu percurso no desporto e tem algumas mensagens dos valores olímpicos que queremos transmitir às crianças e que possam servir de inspiração para as gerações futuras2, salientou a triatleta, que esteve presente em Tóquio2020 e em Paris2024.
Enaltecendo a importância de cuidar da saúde mental tanto ou mais do que a preparação física, Melanie Santos reconheceu que esta obra a ajudou a recordar o seu percurso: “No dia a dia não nos vamos apercebendo do que vamos conquistando e dos desafios que temos e, ao ter esses momentos escritos, acaba por relembrar e fazer-nos sentir orgulhosos do nosso percurso”.
Após a apresentação, na passada quarta-feira, na Biblioteca Municipal de Alcobaça, Melanie Santos, de 29 anos, assumiu, em declarações à Lusa, que este é um “desejo”, que gostaria de contar com uma maior presença feminina nacional.
“Sem dúvida que ter lido este livro deu-me o bichinho de lá chegar. É um desejo sim. Conseguir ir a três edições dos Jogos Olímpicos era ótimo, mas não só conseguir ir e tentar fazer melhor. Quem sabe ir com três mulheres”, vincou.
A triatleta, 22.ª em Tóquio2020, e 45.ª em Paris2024, antes de ter ajudado a seleção lusa a arrebatar no quinto lugar das estafetas mistas, com Maria Tomé, que foi 11.ª na prova individual.
“A minha mensagem é mesmo trazer mais mulheres para o desporto, nomeadamente para o triatlo, mas, sobretudo, trazer meninas para o desporto e quem sabe estarem comigo nos Jogos Olímpicos. Se não for o caso, estarem elas lá a representar Portugal”, referiu.
Enquanto faz “um ‘reset’”, a triatleta pretende “cuidar da saúde mental” e “descansar de dois ciclos olímpicos” exigentes, sem, no entanto, ter interrompido os treinos, em busca de “ganhar confiança para as provas mais importantes, nomeadamente daqui a dois anos com a qualificação olímpica”.