Politécnico de Leiria vai propor criação de escola superior em Pombal
O Politécnico de Leiria (IPL) vai propor a criação de uma escola superior em Pombal, a sexta do instituto. “Queremos avançar para o processo, assim toda a instituição queira, e eu não vejo razão para não querer. O objetivo é criar a sexta escola do Politécnico de Leiria em Pombal”, disse à agência Lusa o seu presidente, Carlos Rabadão.
Ainda sem designação, pois a área está por definir, o presidente do Politécnico declarou que o objetivo é que a escola tenha cursos técnicos superiores profissionais, de licenciatura e depois, “com o tempo, evoluir para os mestrados e, quem sabe, para o doutoramento”.
“O objetivo é ser uma escola plena no futuro”, assegurou.
Em agosto, o IPL informou ter criado um grupo de trabalho para avaliar a viabilidade de criação de uma escola superior em Pombal, estando então prevista a divulgação do estudo em setembro.
“Esta constituição do grupo surgiu porque recebemos um dossiê da Câmara Municipal a manifestar essa vontade”, disse na ocasião Carlos Rabadão.
Ontem, o presidente do IPL referiu que o estudo já lhe foi entregue e o documento, além da caracterização da região, apresenta oportunidades de formação, “tentando também perceber quais são as necessidades do território”, e as áreas de formação existentes.
“Identificaram uma série de domínios que agora estamos em fase de discussão interna a perceber para onde é que vamos, porque, efetivamente, vamos fazer uma proposta de criação da escola que vai aos órgãos internos [do IPL] e que depois terá de ir ao nosso Conselho Geral e ao senhor ministro” da Educação, adiantou.
Carlos Rabadão referiu que as áreas identificadas e com “potencial para o território” são a sustentabilidade e bem-estar, transportes e logística, proteção civil e gestão do território, e indústria transformadora e comércio.
“Há uma regra de ouro no Politécnico de Leiria em que as escolas, cada uma delas debruça-se sobre as suas áreas específicas e não há concorrência entre escolas, ou seja, não há ofertas formativas iguais em escolas diferentes”, declarou, explicando que, “agora, é preciso perceber se há alguma área conflituante".
Questionado sobre quando é expectável a futura escola estar em funcionamento, Carlos Rabadão observou que, “mesmo depois de a tutela autorizar” a sua criação, a criação de “uma licenciatura tem um ‘timing’”.
“Entre o momento em que há a decisão de criar a escola e a viabilidade de ela entrar em funcionamento com cursos próprios, diria que demora sempre dois anos”, apontou.
Carlos Rabadão salientou ainda que o norte do distrito e da região de Leiria “é uma zona que, de alguma forma, está afastada”. “Era importante criar ali um polo de formação, uma escola que, de alguma forma, criasse ali alguma coesão. É estratégico para nós criarmos uma escola a norte do nosso território”, acrescentou.
A comunidade académica é constituída por mais de 15.500 pessoas: 14.000 estudantes e cerca de 1.650 professores, investigadores, técnicos e administrativos. Tem cinco escolas superiores (três em Leiria, uma nas Caldas da Rainha e outra em Peniche), além de núcleos de formação (um dos quais em Pombal) e unidades de investigação. No total, está presente em oito cidades da região de Leiria e do Oeste.