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70 anos de paineis solares: 2 problemas e 4 oportunidades

Há precisamente 70 anos, em 1954, foi lançado o primeiro painel solar comercial, distribuído pela empresa norte-americana Bell Labs (e patenteado em 1941 por Russell Ohl). Hoje, os painéis solares produzem mais de 240.000 megawatts de energia por ano, mas a sua utilização continua a ser limitada na maioria dos países.

Os paineis solares são fundamentais no combate ao aquecimento global porque são uma das principais fontes de produção de energia verde, energia produzida por tecnologias sustentáveis e através de recursos renováveis. A sua importância para a preservação do meio ambiente é inestimável.
No 70.º aniversário do lançamento do primeiro painel solar, vamos tentar determinar qual foi o progresso da tecnologia, concentrando-nos em 2 problemas e 4 oportunidades.

Problema: baixa incorporação

Apesar do seu potencial, os painéis solares continuam a não ser a opção preferencial na maioria dos países. Nos Estados Unidos, por exemplo, segundo a U.S. Energy Information, os painéis solares apenas representam 3.9% de todas as energias renováveis produzidas anualmente.

 

Oportunidade: tecnologia IoT

Tecnologia de IoT (Internet of Things, ou Internet das coisas, em tradução literal) não serve apenas para incorporar em eletrodomésticos e televisões inteligentes: também servem para criar painéis solares mais eficientes.

Um painel solar com tecnologia IoT permite fazer uma gestão mais eficiente da energia produzida e consumida através de um sistema central de monitorização.

 

Oportunidade: novos mercados

Os países em desenvolvimento não dispõem de tantas infraestruturas de produção de energia como a Europa ou os Estados Unidos. Por este motivo, muitos governos em África e na Ásia têm procurado construir infraestruturas elétricas sustentáveis, baseadas na produção de energia verde, desde a sua origem.

Esta abordagem representa uma excelente oportunidade para o futuro dos painéis solares, especialmente tendo em conta que muitos destes países são grandes emissores de poluentes. Em Angola, por exemplo, encontra-se uma central fotovoltaica com mais de 500 mil painéis, que gera energia suficiente para abastecer um milhão de angolanos.

 

Problema: custos altos

As necessidades políticas e económicas ainda são muitas vezes colocadas à frente das necessidades ambientais. Desta forma, os custos altos associados à produção e instalação de painéis solares muitas vezes ainda são um dos seus principais desafios.

O elevado custo médio de produção de um painel solar (entre 6 mil e 8 mil euros na Europa) continua a ser proibitivo para a vasta maioria dos consumidores, e o curto tempo de vida (apenas 20 a 30 anos) não ajuda.

 

Oportunidade: os novos painéis solares

Ainda é muito cedo para tirar conclusões, mas é possível que o painel solar de silício dê lugar ao painel solar à base de perovskita, mais barato e eficiente. Atualmente, o Centro de I&D, em Oxford, lidera o estudo e desenvolvimento de painéis solares de perovskita, um material com a mesma estrutura cristalina do cálcio mineral e óxido de titânio.

 

Oportunidade: espírito dos consumidores

O espírito dos consumidores, cada vez mais preocupados com questões ambientais, é possivelmente a maior oportunidade da tecnologia de painéis solares. Sete décadas após o seu lançamento, o potencial do painel solar parece ter finalmente sido reconhecido pela maioria da população (pelo menos entre as gerações mais jovens).

Novembro 26, 2024 . 15:37

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