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Assinalados em Alcobaça os 125 anos do nascimento de Joaquim Vieira Natividade

Intitulado ‘Quanto tempo tem a memória?’, o ciclo é organizado pelo Armazém das Artes, pelo Movimento Rebate e pela família.

Os 125 anos do nascimento de Joaquim Vieira Natividade vão ser assinalados pelo Armazém das Artes, em Alcobaça, com um ciclo de iniciativas em torno de um homem que dedicou a vida à silvicultura, às artes e à investigação.
Intitulado ‘Quanto tempo tem a memória?’, o ciclo é organizado pelo Armazém das Artes, pelo Movimento Rebate e pela família de Joaquim Vieira Natividade (Alcobaça, 22 de novembro de 1899 - Alcobaça, 19 de novembro de 1968) para homenagear “um dos maiores vultos da comunidade intelectual e científica" do país, que “marcou vários campos de ação, desde a ciência à agricultura, ao cinema e à literatura”.
O ciclo irá integrar várias atividades através das quais se pretende “ explorar, questionar e criar conteúdos tendo por base quer o legado intelectual, quer o legado pessoal de Joaquim Vieira Natividade”, informou o Armazém das Artes, em comunicado, lamentando que “muitos, sobretudo os mais novos, já não saibam quem foi” o homem que “em menos de 30 anos passou de figura de referência a um vulto (quase) omisso do conhecimento geral”.
Entre as iniciativas já programadas estão a exposição "Relicário de Joaquim Vieira Natividade", com inauguração prevista para o dia 12 de dezembro, e a edição do ‘Livro de versos’, da sua autoria, pelo município de Alcobaça, no distrito de Leiria.
Em parceria com a Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha (ESAD.CR), vai ser lançado um projeto que consiste em fotografar a Mata do Vimeiro, no âmbito da unidade curricular de ‘Laboratório de Criação I: fotografia’.
Trata-se de um projeto de investigação inserido no LIDA – Laboratório de investigação em Design e Artes, com a duração de três anos e que resultará em duas exposições e a edição de um livro.
A primeira exposição será constituída por fotografias de estudantes de mestrado sobre a Mata do Vimeiro, mostrando a situação atual em contraposição com as fotografias feitas por Vieira Natividade no final da década de 20 do século passado.
A exposição, com o título provisório ‘Dossier da Mata do Vimeiro: um tributo a Joaquim Vieira Natividade’, estará patente no Armazém das Artes em 2025.
Em parceria com a parceria com a EPADRC - Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Cister, vão ser desenvolvidos projetos no âmbito do Plano Nacional das Artes, tendo Joaquim Vieira Natividade como elo de ligação às atividades desenvolvidas em conjunto com o Armazém das Artes.
O organizadores do ciclo contam ainda “reunir condições para realizar um documentário sobre o que resta da memória coletiva sobre Joaquim Vieira Natividade e o seu legado”, um filme com caráter artístico que só deverá concretizar-se em 2026.
À agência Lusa, a diretora executiva do Armazém das Artes, Maria Manuel, afirmou que “estas são algumas das atividades já programadas, mas outras poderão ainda vir a integrar este ciclo de homenagem”.
Joaquim Vieira Natividade, engenheiro agrónomo e engenheiro silvicultor, fundou e foi diretor do Departamento de Pomologia da Estação Agronómica Nacional, do Centro Nacional de Estudos e Fomento da Fruticultura e da Estação de Experimentação Florestal. Foi representante dos Serviços Florestais na Junta Nacional da Cortiça e publicou mais de uma centena de estudos científicos.
Foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem Civil do Mérito Agrícola e Industrial Classe Agrícola.

Dezembro 1, 2024 . 09:00

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