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Museu do Douro amplia exposição com 1.200 garrafas históricas de vinho do Porto

A exposição conta a história do vinho do Porto, produzido na mais antiga região demarcada e regulamentada do mundo

A Fundação Museu do Douro aprovou hoje um orçamento de 1,5 milhões de euros para 2025 e apresentou novos núcleos da exposição permanente, na Régua, que incluem uma enoteca histórica com 1.200 garrafas de vinho do Porto.

Hoje assinala-se o Dia do Museu do Douro, porque 2 de dezembro representa o dia em que foi publicada a lei n.º 125/97 que criou a unidade museológica que tem sede no Peso da Régua, distrito de Vila Real.

Durante a manhã decorreu a reunião de conselho consultivo da Fundação Museu do Douro, que aprovou por unanimidade e aclamação o plano de atividades e orçamento para 2025, no valor de 1,5 milhões de euros, e à tarde foram apresentados os novos núcleos da exposição permanente daquele museu de território.

É uma exposição evolutiva e viva como a região. Não está parada no tempo. Foi criada com esse espírito e todos os anos ela é atualizada”, afirmou à agência Lusa o diretor do Museu do Douro, Fernando Seara.

A exposição permanente - “Douro Matéria e Espírito” - foi inaugurada há oito anos e, hoje, foram apresentados os três novos núcleos expositivos, dedicados à fauna, história e vinho do Porto.

A reconstrução implica melhorar o que já existe e é isso que vamos fazendo, vamos melhorando a exposição e todos os anos, fruto também da investigação do Museu do Douro, vai tendo novos conteúdos", acrescentou o responsável.

A enoteca histórica, agora criada, é também um depósito permanente do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), que colocou grande parte do seu arquivo à guarda do Museu do Douro.

Tem garrafas belíssimas que estamos a inventariar, a catalogar, a digitalizar os rótulos e, no fundo, a criar uma verdadeira coleção. Aqui estão expostas mais de 1.200 garrafas de vinho do Porto”, referiu Fernando Seabra.

Uma exposição que conta a história do vinho do Porto produzido na mais antiga região demarcada e regulamentada do mundo – o Douro.

Naquela enoteca estão guardadas 1.200 garrafas, datadas a partir de 1935 e que representam 112 casas exportadores, algumas ainda conhecidas dos consumidores, mas outras constituem uma descoberta da variedade de comerciantes de vinho do Porto na primeira metade do século XX.

Uma outra ala é dedicada à fauna da região, onde é possível ver animais preservados através da taxidermia, cedidos pela Real Companhia velha, uma outra revela vestígios, como um anel em ouro, um brinco ou moedas encontrados na Estação Arqueológica da Fonte do Milho, uma vila romana fortificada localizada na Régua, ou uma placa de xisto gravada com a figura de um cavalo e um projétil em forma de lança da coleção do Côa Parque.

Entre as novidades estão também uma sala de projeções e pequeno auditório, onde se podem ver filmes e documentários sobre o Douro e a unidade museológica, e ainda um mapa interativo.

Hoje foi também inaugurada a exposição temporária de pintura “A segunda pele”, de Balbina Mendes.

Para 2025, segundo Fernando Seara, o plano de atividades prevê a realização de 31 exposições itinerantes em 20 concelhos, a maioria na Região Demarcada do Douro e dois fora deste território.

O responsável disse que 2024 “vai ser o melhor ano do museu”, explicando que a previsão de visitantes e de receitas foi ultrapassada em meados de outubro.

O diretor adiantou que a unidade museológica prevê atingir os 120 mil visitantes até final de dezembro, muitos portugueses, mas também estrangeiros, provenientes dos Estados Unidos da América (EUA), Europa e brasileiros.

Uma parte significativa dos seus visitantes chega à região nas embarcações fluviais de turismo.

 

Dezembro 2, 2024 . 18:30

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