PJ detém cidadã estrangeira suspeita de usurpar a identidade de uma portuguesa
Uma mulher estrangeira, de 30 anos, foi detida por suspeitas de ter falsificado documentos e usurpado a identidade de uma cidadã portuguesa, que residia em Angola, divulgou hoje a Polícia Judiciária (PJ).
Em comunicado, a PJ refere que a suspeita usurpou a identidade da cidadã portuguesa e obteve de forma fraudulenta passaporte e cartão do cidadão nacionais, tendo utilizado os documentos falsos para viajar para Portugal, "onde se fixou e passou a residir com a sua família".
"Montou toda a sua vida como se fosse a pessoa a quem usurpou a identidade: comprou casa, abriu contas bancárias, celebrou contrato de trabalho, tudo em nome alheio. A suspeita forjou, inclusivamente, os assentos de nascimento dos seus dois filhos menores, de forma a que a mãe deles passasse a ser a cidadã cuja identidade foi usurpada”, descreve a PJ.
Ainda de acordo com a PJ, a fraude foi detetada em 2022, quando a cidadã portuguesa, residente em Angola, foi ao consulado de Portugal, em Luanda, pedir o cartão de cidadão, tendo verificado que desde 2018 existia uma outra pessoa a utilizar essa identificação.
“Realizada uma busca domiciliária à suspeita, foi detetada e apreendida documentação que consolida os indícios já existentes”, acrescenta a PJ.
Na nota, a PJ adianta que após ter sido detida, através da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo, a suspeita foi presente à autoridade judicial competente para interrogatório, tendo-lhe sido aplicadas “medidas de coação não privativas da liberdade”, sem contudo especificar.