Obras para área de acolhimento empresarial em Leiria arrancam no segundo semestre de 2025
As obras para criar uma área de acolhimento empresarial com espaço de trabalho partilhado nas antigas instalações da EDP, na cidade de Leiria, devem arrancar no segundo semestre de 2025, disse a vereadora Catarina Louro.
“Quero acreditar que no segundo semestre [de 2025] inicia a obra”, afirmou Catarina Louro à agência Lusa, explicando tratar-se de uma obra de requalificação e reabilitação do espaço interior, cujo projeto já está estabilizado e aguarda pareceres de entidades externas.
O valor da empreitada ainda não está quantificado pela Câmara de Leiria.
As antigas instalações da empresa passaram para a Câmara em 2015, na sequência de uma permuta.
A vereadora adiantou que “os espaços de acolhimento de empresas e de trabalho têm mudado muito nos últimos anos, especialmente desde a pandemia” de covid-19.
As novas gerações “normalmente são muito ativistas em termos de ambiente” e “gostam de estar no centro da cidade com tudo à sua disposição e não têm a questão das viaturas associadas”, optando por outros modos de mobilidade na sua rotina, observou.
Por outro lado, assiste-se “a uma grande procura de empresas de serviços e de base tecnológica por espaços de trabalho em Leiria, nomeadamente no centro”, realçou a vereadora Catarina Louro, que tem, entre outros, o pelouro da economia no executivo municipal.
“É muito importante nós termos, mesmo na zona urbana, um espaço que possa acolher empresas deste género, nomeadamente numa fase em que muitas empresas de marca internacional estão a crescer”, mas numa estratégia de expansão em que Lisboa e Porto já não surgem como polos interessantes, e “olham muito para cidades de média dimensão, com elevada qualidade de vida, para sediarem os seus novos escritórios”, acrescentou a autarca.
Leiria “surge muito frequentemente nesse radar”, disse a vereadora, reconhecendo a necessidade de “um espaço de acolhimento empresarial para dar resposta a essas empresas”, assim como às “de serviços e de base tecnológica que têm sido acolhidas na Startup de Leiria e que têm crescido e, por isso mesmo, precisam de espaços independentes”.
Catarina Louro esclareceu que a Startup Leiria, instalada no Mercado Municipal, “está no limite” e tem lista de espera, estando a ser analisada a possibilidade de se expandir para outro espaço do mercado.
O futuro espaço (edifício principal e pavilhões) vai dispor de uma área para trabalho partilhado, para várias empresas na mesma sala, mas também 16 gabinetes, dos 12 aos 100 metros quadrados. Salas de reuniões, pequenos auditórios, copas, entre outros espaços, serão de utilização comum.
“Neste momento, o que acontece nas empresas de serviços e de base tecnológica é que se querem manter próximas umas das outras”, em espaços com ambiente de colaboração e partilha, mas, cada vez mais, “querem estar segregadas num espaço único dentro desse edifício”, observou a vereadora, realçando a criação de condições face às necessidades identificadas.