Parece que se apressaram a declarar a morte do vinil
Provavelmente muitos daqueles que receberam este Natal, prendas relacionadas com música, receberam-nas em forma de vinil. Tal não teria nada de especial, caso estivéssemos na década de 80 (isto para não irmos mais atrás) …
Quarenta anos depois… é matéria de comentário, o que pode até soar estranho...
Quando, nos já referidos anos 80, surgiu o CD, a morte do vinil foi anunciada aos quatro ventos, alguns apressaram-se a fazer o seu funeral, desfazendo-se dos objetos que durante anos iluminaram sonoramente as suas noites, os seus dias, os seus sonhos, as suas paranoias (com ou sem aspas) …
Aquelas rodelas de vinil envoltas em capas de papel (algumas, autênticas obras de arte), as quais, debaixo do braço, provocavam invejas quando passeadas na rua, aquelas capas, aqueles discos que incluíam brochuras e histórias que faziam a história de muitos de nós, eram pura e simplesmente atiradas para o lixo (diria, em certos casos, tipo “crime” cultural) ou eram dados ao desbarato (para gáudio de quem os recebia, na maioria colecionadores atentos e sensíveis e desconfiados das apregoadas virtudes do CD) …
Eu estive entre os que souberam de “crimes” praticados com centenas de discos em vinil enviados para o lixo e os que rejubilaram com ofertas de quem, pelo menos teve o bom senso de procurar novos donos para os discos que não queriam.
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