Carminho quis nascer mais cedo e foi a bebé do ano em Leiria
Enquanto o país ainda celebrava a chegada de um novo ano, nasceu a Carminho, a primeira bebé a dar as boas-vindas a 2025, no Hospital de Santo André, em Leiria. O relógio marcava as 03h46 quando a filha de Mónica Alfaiate Faria, de 43 anos, e Nelson Faria, de 44, decidiu vir ao mundo, com 2,735 quilogramas e 47 centímetros, antecipando-se uns dias ao calendário previsto.
Ainda a recuperar das longas horas de contrações, Mónica Alfaiate Faria não tem dúvidas de que o nascimento da bebé, às 39 semanas e de parto natural, foi “um miminho do início do ano”.
À equipa de reportagem do Diário de Leiria disse ter sentido “um grande alívio” quando a viu nos seus braços. “Sem dúvida que é sempre um acrescento muito grande, porque é nossa”, salientou. Estava previsto nascer no dia 8, mas as contrações que Mónica começou a ter às 09h30 do dia 31 só terminaram mesmo quando a Carminho nasceu. “Já cheguei ao hospital com muitas contrações”, conta, recordando ter sido internada pelas 12h00 do último dia do ano. A sua ‘hora pequenina’ durou mais de 15 horas e Mónica admitiu não ter sido fácil suportar as dores, embora destaque o acompanhamento “excelente” dos profissionais de saúde do Hospital de Santo André. “Foi mais complicado nos últimos 10 minutos. Fui bastante bem acolhida, a equipa médica foi excelente e os enfermeiros muito atenciosos”, contou.
Casados há 23 anos, este é o terceiro rebento do casal, residente na Boa Vista, no concelho de Leiria, e também a terceira menina que se junta a Joana, de 17 anos, e Maria Inês, de seis. Apesar de já conhecer a experiência de estar grávida, assume que o parto “é sempre diferente”, até porque ser mãe e pai depois dos 40 traz desafios acrescidos. “O fator idade e a forma física influencia”, afirmou. “Influencia na disposição e o facto de estarmos sempre preocupados com as outras duas filhas também”, acrescentou o pai Nelson. Mónica Alfaiate Faria reconhece que a bagagem agora já é outra, tendo sido também por isso que não sentiu nervosismo durante toda a gravidez. “Nesta gravidez não estive nervosa”, assegurou.
Ontem, a Carminho não recebeu apenas a visita do Diário de Leiria. As duas filhas do casal, Joana e Maria Inês, sempre presentes ao lado dos pais, não escondiam o brilho nos olhos e a felicidade em receber a Carminho. A Carminho estava no colo do pai e era com toda a delicadeza que a irmã, Maria Inês, a tapava com a manta e lhe tocava na mão. Quando questionada sobre se gosta de ter uma irmã mais nova, o “sim” foi imediato. “A Maria Inês não gostava de ser a irmã mais nova”, completou a mãe.
Já Joana, é a segunda vez que passa pela experiência de ver uma irmã nascer e, com 17 anos, assume ter já um instinto bastante protetor. “É começar o ano em grande. Ano novo, vida nova”, salientou.
A poucos meses de ingressar na universidade, Joana confessou ter “medo” que Carminho não sinta uma ligação tão forte com ela, como aquela que tem com Maria Inês, precisamente porque vai passar menos tempo em casa, mas uma coisa é certa: não lhe vai faltar amor e carinho.
O nome Carminho foi escolhido pelas duas irmãs e tem uma razão de ser: “Como é a mais nova, tem que ser uma coisinha mais fofinha. Depois mete-se [o segundo nome] Sofia quando for necessário ralhar”, explicou Joana, em tom de brincadeira.
Quando questionados se o nascimento da terceira filha foi planeado, Mónica e Nelson Faria não contiveram a gargalhada. “Não. Já descobri estava com 17 semanas”, contou a mãe, garantindo ficar pelas três meninas que tem em casa.
A partir de agora, Mónica, que é administrativa, e Nelson Faria, empresário, vão ter de “reajustar as rotinas”. “Por enquanto, podemos contar com a mais velha. Ela é um grande apoio”, realçaram. Para a Carminho, que é “uma bênção” desta família, os pais desejam “muita saúde”. Mónica e Carminho deverão ter alta hoje.
Nasceram 1.414 bebés em 2024
O primeiro dia do ano fica marcado pela realização de .milhares de partos. No total, divulgou ao nosso jornal fonte da Unidade Local de Saúde (ULS) da Região de Leiria, foram realizados no ano passado 1.414 partos no Hospital de Santo André. Destes, 934 mães eram naturalidade portuguesa, enquanto que 480 mães tinham outras nacionalidades.
Ao longo do ano, foram vários os períodos em que o Serviço de Urgência Obstetrícia esteve encerrado, obrigando as grávidas a deslocar-se para outras unidades hospitalares. No total, em 2024, foram registado 132 dias de encerramento programado.