Mais uma volta ao sol: a simbologia dos ciclos e das percentagens na nossa vida
Sim, a terra deu mais uma volta ao sol, e 366 outras sobre si mesma. O próprio sol, ou seja, o sistema solar também se deslocou em relação à Via Láctea. O universo está cheio de movimentos relativos, muitos para além na nossa perceção sensorial e até dos nossos limites cognitivos, especialmente dos meus. Podemos viver num grão de poeira cósmica, mas, nem o nosso planeta nem nós, coletivamente enquanto sociedade e individualmente como pessoas, somos inertes.
Apesar destes ciclos astronómicos existirem, o seu significado humano tende para a construção social. Aliás, como uma enorme parte da nossa vida, mesmo que tenha uma manifestação material. Organizamos a nossa vida de acordo com um calendário solar, com os devidos ajustes, considerando a passagem do tempo pelos efeitos que os planetas e as estrelas têm na nossa vida. Não estou a falar de astrologia, nem sequer de astronomia, mas da nossa necessidade de vivermos por ciclos.
A esperança média de vida em Portugal deverá rondar os 85 anos. Ou seja, num cálculo muito grosseiro, cada ano pode ser analisado como uma percentagem unitária. Ou seja, cada ano é, em média, pouco mais de 1% da nossa vida potencial. Este valor é tangível para nós humanos que nos habituamos a quantificar e classificar quantidades em percentagens relacionais. Então o ciclo anual pode ter uma relação direta com a nossa vida, com o que fizemos e deixámos de fazer.
Para continuar a ler este artigo
nosso assinante:
assinante: