O manto diáfano da fantasia
País estranho este, que teve durante oito anos António Costa como primeiro-ministro que, segundo o Presidente da República, era um optimista irritante, para pouco tempo depois termos no PS Pedro Nuno Santos que, digo eu, mostra ser um pessimista militante. Na realidade, os problemas do País não são de optismismo ou de pessimismo, mas de má governação, que é o problema de todos eles incluindo Luís Montenegro.
Estou imensamente curioso de ver os resultados da acção de António Costa como Presidente do Conselho Europeu e vaticino que o seu sucesso resultará da União Europeia (EU) continuar a enrolar os problemas da Europa no manto da fantasia como Costa fez em Portugal e o seu insucesso resultará da UE querer de facto resolver alguns dos seus problemas. Por exemplo, se a UE continuar a admitir ter no seu seio e a trair a sua vontade os dirigentes da Hungria e da Eslováquia, isso é algo que Costa saberá fazer bem. Todavia, não resultará de António Costa a compreensão de que não é possível combater Putin com dois dos seus agentes sentados à mesa, ou que a ausência de disciplina interna ditará, mais tarde ou mais cedo, o fim da União. O que, a acontecer, fará a demonstração prática das razões que levaram o esquecido Charles de Gaulle a defender a Europa das Nações.
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