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Conclusão da modernização da Linha do Oeste adiada para final do ano 

Projeto está dividido em duas empreitadas, sendo a primeira a de eletrificação e modernização do troço entre Mira Sintra-Meleças e Torres Vedras

A Infraestruturas de Portugal adiou para o final do ano a conclusão das obras de modernização e eletrificação na Linha do Oeste (Sintra/Figueira da Foz, devido a sucessivos atrasos na empreitada, confirmou hoje a empresa à agência Lusa.

As empreitadas serão concluídas no decorrer do segundo semestre deste ano, seguindo-se posteriormente um período de alguns meses para testes, as fases de ensaios e certificação, obrigatórias para permitir que a operação em regime elétrico possa ser disponibilizada aos operadores ferroviários”, respondeu a empresa, após ser questionada pela Lusa.

Segundo a Infraestruturas de Portugal, estão ainda em curso “trabalhos de intervenção sobre o traçado de via-férrea e plataformas de passageiros e de instalação das infraestruturas fixas de tração elétrica”.

A circulação ferroviária entre os troços de Malveira e Torres Vedras, no distrito de Lisboa, foi retomada no domingo “sem estarem concluídos os trabalhos de eletrificação” da linha, sendo por isso assegurada com os comboios tradicionais.

A entrada em operação do regime elétrico só acontecerá após conclusão das obras e dos ensaios realizados.

A circulação ferroviária entre Meleças (Sintra) - Torres Vedras foi suspensa em abril de 2024, “para permitir a realização dos trabalhos no túnel da Sapataria”, no concelho de Sobral de Monte Agraço.

Estava previsto que a suspensão durasse quatro meses, mas foi prolongada devido a situações imprevistas nos trabalhos do túnel.

A intervenção no túnel, que envolveu a reabilitação, reforço estrutural e aumento da altura livre no seu interior, de forma a permitir a instalação da catenária de alimentação elétrica dos comboios, foi concluída em novembro.

As restantes intervenções “estão praticamente concluídas”.

Contudo, foram identificados “diversos locais alvo de atos de vandalismo e furto de materiais, nomeadamente ao nível dos sistemas de sinalização e de distribuição e alimentação elétrica aérea, que comprometem as funções de exploração dos equipamentos de sinalização e passagens de nível instalados no longo deste troço”, estando a IP a intervir para repor as condições de circulação e segurança.

Face à “extensão dos danos verificados na estação de Meleças, os trabalhos vão ainda prolongar-se”, prevendo-se a que circulação ferroviária entre Malveira e Meleças “possa ocorrer durante o mês de fevereiro”.

O prazo para conclusão das empreitadas já teve vários adiamentos.

A Comissão para a Defesa da Linha do Oeste tem alertado para o atraso na conclusão das obras, assim como para a necessidade de desenvolvimento do concurso para a modernização e eletrificação do troço Caldas da Rainha/Louriçal.

O projeto de modernização da Linha do Oeste (Sintra/Figueira da Foz) está dividido em duas empreitadas, sendo a primeira a de eletrificação e modernização do troço entre Mira Sintra-Meleças e Torres Vedras, num investimento de 61,7 milhões de euros (ME).

A segunda consiste na modernização e eletrificação do troço entre Torres Vedras e Caldas da Rainha, orçada em 40 ME.

Contudo, o investimento global é de 160 ME, incluindo expropriações.

Para a modernização integral da linha, a IP está “em fase de contratação” do projeto de requalificação entre Caldas da Rainha e Louriçal, no distrito de Leiria, para o qual não dispõe ainda de estimativa orçamental.

Em dezembro, os autarcas da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria admitiram recorrer ao Tribunal de Justiça europeu contra a retirada do financiamento de 66 milhões de euros para a modernização do troço.

A IP esclareceu à Lusa que a dotação “está alocada às obras da segunda fase do troço Meleças/Caldas e aos estudos e projetos do troço Caldas/Louriçal”, rementendo as obras para 2028-2034.

Janeiro 8, 2025 . 17:45

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