Última Hora

Subscreva a partir de 40€/ano

Tenha acesso a conteúdo exclusivo e um novo espaço desenhado a pensar na sua experiência.

Pub

Terminal de Campanhã no Porto recebeu mais de 10 milhões de passageiros em 2024

Desde abertura, chegaram ou partiram de Campanhã cerca de 20 milhões de utilizadores e 400 mil autocarros

O Terminal Intermodal de Campanhã (TIC) recebeu mais de 10 milhões de passageiros e 200 mil autocarros em 2024, um recorde desde a inauguração da infraestrutura em julho de 2022, divulgou hoje a Câmara do Porto.

De acordo com uma nota publicada no seu 'site', "desde a sua abertura, chegaram ou partiram de Campanhã cerca de 20 milhões de utilizadores e 400 mil autocarros, tendo sido registado, em 2024, o recorde de 10 milhões de pessoas num ano".

Em 2023, primeiro ano completo de operação, o número de passageiros superou os 8,3 milhões de pessoas transportadas, adiantou à Lusa fonte da STCP Serviços, gestora do equipamento.

A infraestrutura tem ainda uma área verde superior a 4,6 hectares.

O TIC vai ser alvo de uma "adaptação funcional", tendo a gestora da infraestrutura já encomendado ao arquiteto do edifício um projeto nesse sentido, segundo o portal Base e a STCP Serviços.

De acordo com informação disponibilizada no portal de contratação pública Base, a STCP Serviços já contratou ao arquiteto do TIC, Nuno Brandão Costa, "projetos complementares e de adaptação funcional" do terminal.

Segundo o objeto do contrato com a Brandão Costa Arquitetos, Lda., no valor de 47,9 mil euros, está prevista uma "alteração funcional e dimensional da nave e do cais de embarque, incluindo geometria e (re)nivelamento da área de varrimento".

Também se prevê uma "redefinição dos cais de embarque, boca de entrada e saída e respetivas estruturas e infraestruturas, de acordo com os requisitos do programa funcional solicitado pelo dono de obra".

Contactada pela Lusa, fonte oficial da STCP Serviços referiu que o projeto "consiste na identificação das melhorias necessárias ao funcionamento do terminal, como instalações sanitárias complementares, relocalização da área para despachos e reformulação da zona de embarque de passageiros".

"Relativamente à redefinição dos cais de embarque, o objetivo será que a operação ocorra tal como previsto inicialmente, no lado principal, evitando assim o atravessamento dos peões. A altura das plataformas será também revista, indo ao encontro das boas práticas de acessibilidade que este tipo de equipamentos exige", acrescenta a mesma fonte.

O contrato foi publicado no final de setembro e tem uma duração de 150 dias, pelo que "só após este tempo e com os projetos concluídos" a STCP Serviços avançará "para o lançamento do concurso para a empreitada".

"Uma estimativa mais apurada de custos decorrerá do projeto, e o prazo de execução da empreitada terá sempre em conta a necessidade de manter o terminal em operação", refere a empresa.

Em junho, o presidente da Ordem dos Arquitetos (OA), Avelino Oliveira, admitiu que o TIC "tem uma dimensão de problemáticas muito grande" a nível funcional e operacional, apesar de ser um edifício premiado.

Para o presidente da OA, o que há a "fazer de melhor" agora é, "por um lado, estimar que o município do Porto tenha feito um excelente edifício e uma requalificação daquele espaço urbano", mas também que "sirva de exemplo à qualidade de edifícios que se podem fazer em termos de terminais intermodais".

Porém, no início da sua intervenção, Avelino Oliveira ressalvou que o TIC "é um edifício premiado, é um edifício de arquitetura de autor, o Nuno Brandão Costa é um excelente arquiteto, é um membro muito nobre da instituição que eu represento, é um colega, e em termos de arquitetura não há nenhuma crítica especial a fazer".

O TIC já venceu o Grande Prémio Enor de arquitetura, foi distinguido pela Associação Internacional de Críticos de Arte em 2021, venceu um prémio Construir 2022, o prémio de Melhor Empreendimento Imobiliário – Espaços Públicos do Salão Imobiliário de Portugal e os Prémios Imobiliário na categoria de Projeto de Impacto Económico, Social e Ambiental.

O TIC custou 13,2 milhões de euros, dos quais 8,5 milhões de euros financiados pelo programa de fundos europeus Norte 2020. 

Janeiro 13, 2025 . 12:23

Partilhe este artigo:

Junte-se à conversa
0

Espere! Antes de ir, junte-se à nossa newsletter.

Comentários

Seguir
Receba notificações sobre
0 Comentários
Feedbacks Embutidos
Ver todos os comentários
Fundador: Adriano Lucas (1883-1950)
Diretor "In Memoriam": Adriano Lucas (1925-2011)
Diretor: Adriano Callé Lucas
94 anos de história
bubblecrossmenuarrow-right