Ensaio sobre a loucura
Apesar de não gostar de escrever sobre temas internacionais, quando existem tantos problemas em Portugal, não posso deixar de reconhecer com tristeza que o mundo inteiro espera pela chegada do messias Donald Trump à Casa Branca e os dirigentes mundiais, incluindo os da União Europeia, vivem uma espécie de sonambulismo colectivo. Todos aparentam esquecer que Trump não é o fim da história e que os Estados Unidos e o planeta possuem outras instituições para além de Trump.
O mais grave sinal de sonambulismo precede da ONU, que perante as ameaças tresloucadas de Trump sobre o Canal do Panamá, a Groelândia e o Canadá, não tem uma qualquer reacção, considerando que se trata da instituição que tem a responsabilidade de manter a paz no mundo. Recordo o que tenho inscrito sobre a necessidade de a Assembleia Geral tentar envolver a China nas negociações de paz na Ucrânia, para que Trump não seja a única entidade a ditar as condições para a paz. A incapacidade do Secretário-Geral António Guterres de antecipar os acontecimentos e as soluções, em vez de passar o tempo a reagir com lamentações, representa uma tragédia global.
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