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‘ÉTER’: Uma viagem sonora que leva os ouvintes ao “mundo dos sonhos”

‘ÉTER’, o álbum de estreia da cantora, compositora e pianista INÊS APENAS é uma viagem autobiográfica que explora o contraste entre o mundo dos sonhos e a realidade, refletindo um pouco do processo de mudança que a leiriense viveu há cerca de um ano. Dividido em duas partes, o disco, que desbrava diferentes sonoridades e conta com várias colaborações, inicia-se com canções mais ligadas aos sonhos e, gradualmente, transita para temas mais reais e profundos. A artista, de 26 anos, vai dar a conhecer o novo disco no próximo sábado, no Teatro José Lúcio da Silva, onde são esperadas surpresas e a presença de vários convidados

Diário de Leiria: ‘ETER’ é o nome do seu novo álbum de estreia que os leirienses vão poder conhecer no próximo sábado. Como chegou a este título e o que simboliza?

INÊS APENAS: ‘ÉTER’ é um álbum que fala sobre uma atmosfera. Todo a sua sonoridade é muito etérea, ou seja, vem muito do mundo dos sonhos e o conceito do sonho foi o ponto de partida para toda a história, apesar de ele estar dividido em duas partes.
O ‘ÉTER’ é a tal atmosfera mais associada aos sonhos, à ilusão, a uma realidade que não existe. Era considerado o quinto elemento pelos filósofos e era ali um limbo, uma atmosfera acima das estrelas, tudo assim muito subjetivo. A meio, o álbum acaba também por virar para uma parte mais real, na qual eu já não estou no mundo dos sonhos e no mundo dessa ilusão, mas sim do mundo de desilusão e do mundo real, cruel, tal como ele é. Resumidamente, o álbum também fala sobre a forma como os nossos sentidos também nos fazem ver a realidade. É um bocadinho autobiográfico, um bocadinho pessoal. Os meus sentidos sempre me levaram para coisas ilusórias e que às vezes não são reais, mas que eu gosto. Eu gosto desse mundinho dos sonhos e dessa bolhinha onde eu costumo estar.

Segundo a sinopse do álbum, ‘ÉTER’ desafia o público a entrar num mundo de sonhos. De que forma é que as 13 canções que integram o disco permitem esta viagem?
Eu acho que as 13 canções estão por uma ordem específica que permitem a tal viagem sonora do ouvinte. Começamos com a introdução, que é o tema que também dá nome ao álbum - ‘ÉTER’ - que nos faz essa primeira alusão ao mundo que não é real. Eu digo: “Se queres sonhar igual a mim, se calhar não podemos ligar ao que os olhos veem. Para sonhar não podemos ver o mundo como ele realmente é”.
Todas as faixas seguintes pertencem ao mundo dos sonhos e depois passa para os sentidos. Acho que o mais giro na tal viagem é quando eu começo a aprofundar de forma um bocadinho mais profunda como é que a minha cabeça funciona. a segunda faixa é o cérebro, que fala exatamente sobre essas minhas lutas constantes e internas, em que eu acho que estou a sentir uma coisa e afinal não é.
A terceira faixa já fala sobre o impulso e sobre quando os nossos sentidos nos fazem seguir os estímulos sem ligar à razão.

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Janeiro 15, 2025 . 12:00

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