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Ministra da Administração Interna recusa ligação entre crime e condições sociais

Margarida Blasco, em referência aos atos de violência que decorreram após a morte de Odair Moniz referiu que “não são as condições sociais e as situações de desigualdade que alimentam a violência”

A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, recusou hoje, durante uma audição no parlamento, a existência de uma ligação direta entre condições sociais e prática de crimes e adiantou que, em média, são agredidos três polícias por dia.

Durante a sua intervenção inicial na audição pela comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, Margarida Blasco, em referência aos atos de violência que aconteceram na sequência da morte de Odair Moniz, em outubro do ano passado na Cova da Moura, considerou que “não são as condições sociais e as situações de desigualdade que alimentam a violência”.

É um preconceito e é um insulto para milhares de portugueses a mera sugestão de que quem vive em contextos sociais duros e desafiantes tem maior probabilidade de infringir a lei e agredir outros cidadãos e elementos das forças de segurança”, acrescentou a ministra.

Além de recusar qualquer ligação entre crime e condições sociais, a ministra quis ainda deixar claro que tal sugestão seria “não acreditar no funcionamento do elevador social” e recordou “os tempos” em que o número de pessoas em “contextos e condições sociais complexas” era superior e o número de crimes era menor.

Num estado de direito democrático, cada pessoa, cada um de nós, tem de fazer uma escolha”, acrescentou Margarida Blasco.

Ainda durante a sua intervenção inicial, Margarida Blasco quis sublinhar que “não é a polícia que representa uma ameaça para a ordem pública. Pelo contrário, demasiadas vezes, são eles as vítimas.”

A ministra da Administração Interna avançou alguns números sobre a violência sobre as forças policiais e garantiu que “todos os dias são violentamente agredidos, em média, pelo menos três elementos das forças de segurança. Desses, dois precisam de assistência hospitalar.

Margarida Blasco está a ser ouvida no parlamento, sobre a morte de Odair Moniz, a atuação policial no Martim Moniz e o processo de implementação das ‘bodycams’, a pedido do Bloco de Esquerda, do PS, do Chega, do PCP e do Livre.

Janeiro 15, 2025 . 12:21

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