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Tribunal da Madeira condena a seis anos de prisão homem acusado de assaltar banco

Homem, que roubou cerca de 215 mil euros, estava acusado de 3 crimes de sequestro, tendo sido apenas condenado pelo crime de roubo qualificado

O Tribunal da Comarca da Madeira condenou hoje a seis anos de prisão o homem acusado de ter assaltado uma agência bancária da Caixa Geral de Depósitos, em Câmara de Lobos, em janeiro do ano passado.

O homem, que roubou cerca de 215 mil euros, estava acusado de três crimes de sequestro, dos quais foi hoje absolvido, tendo sido apenas condenado pelo crime de roubo qualificado, indicou a presidente do coletivo de juízes, Joana Dias, na leitura do acórdão.

O arguido foi ainda condenado a pagar multas aos demandantes por crimes morais e patrimoniais, que variam entre 94 euros e 4.000 euros. Terá ainda de pagar cerca de 6.800 euros ao banco, montante que não foi recuperado pela PJ aquando da detenção.

Na primeira sessão do julgamento, em 13 de novembro, o arguido, de 43 anos, confessou ter cometido o crime, embora rejeitando alguns dos detalhes descritos na acusação do Ministério Público (MP).

Na manhã de 12 de janeiro de 2024, o arguido, de rosto coberto e com uma máscara, entrou numa agência da Caixa Geral de Depósitos (CGD), no centro da cidade de Câmara de Lobos, concelho contíguo a oeste do Funchal, empunhando uma suposta arma de fogo.

Segundo a acusação, o assaltante ameaçou funcionários e utentes e depois fugiu com 214.965 euros para parte incerta.

O arguido atuou “fazendo uso de uma arma de fogo ou pelo menos de um objeto que tinha a aparência de uma arma de fogo”, com o objetivo de dificultar uma reação dos funcionários e “anunciando que lhes faria mal caso não atuassem da forma que lhes ordenou”, de acordo com a acusação.

O homem foi detido pela PJ cinco dias após o crime, em 17 de janeiro, depois de ter sido referenciada a viatura que utilizou no assalto, informou aquela polícia na altura.

A PJ fez buscas na casa do suspeito e recuperou cerca de 208 mil euros.

Em 19 de janeiro, depois de ter sido presente a primeiro interrogatório judicial, o arguido foi sujeito a prisão preventiva, a medida de coação mais gravosa.

Perante o coletivo de juízes, o homem afirmou no início do julgamento que não planeou o crime e que queria ter-se matado nesse dia, mas não conseguiu.

De voz embargada e a chorar, disse ainda que “estava desesperado porque ia ficar sem trabalho” e que os filhos se encontravam doentes e não tinha dinheiro para ir ao médico.

Segundo o arguido, a arma utilizada era uma pistola de água.

O homem pediu ainda desculpa à instituição bancária e às pessoas envolvidas no assalto.

 

Janeiro 15, 2025 . 15:57

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