Libertação de primeiros reféns marcada para domingo
A primeira libertação de reféns israelitas no âmbito do acordo de cessar-fogo com o grupo islamita Hamas está agendada para domingo, anunciou hoje o Governo de Telavive.
O primeiro-ministro israelita anunciou hoje ter “chegado a um acordo sobre a libertação dos reféns” detidos na Faixa de Gaza, depois de, na quinta-feira, ter acusado o Hamas de recuar em pontos do compromisso.
“O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu foi informado pela equipa de negociação que foram alcançados acordos para a libertação dos reféns”, declarou em comunicado o gabinete do dirigente.
O acordo está “sujeito à aprovação do gabinete de segurança e do Governo”, avançou o gabinete do primeiro-ministro israelita, acrescentando que a libertação dos reféns pode acontecer como planeado.
“Os [primeiros] reféns serão libertados o mais cedo possível. Domingo”, sublinhou.
O gabinete de segurança de Israel iniciou já uma reunião para aprovar o acordo, que vai pôr fim a mais de 15 meses de guerra entre Israel e o Hamas, acrescentou.
O acordo, anunciado na quarta-feira pelos mediadores Estados Unidos e Qatar, ficou suspenso depois de Israel ter acusado o Hamas de recuar em algumas das medidas e de vários ministros da coligação governamental israelita terem ameaçado demitir-se se as tréguas fossem avante.
Alcançado após meses de negociações indiretas, o acordo será dividido em três fases.
A primeira durará 42 dias e certificará o fim das hostilidades, a retirada das tropas israelitas da fronteira e a troca de 33 reféns por prisioneiros palestinianos.
A segunda fase envolverá a distribuição de ajuda humanitária “segura e eficaz” a grande parte da Faixa de Gaza e a realização de reparações em instalações de saúde, além do envio para o enclave de mantimentos e combustível.
Os pormenores sobre a segunda e terceira etapas do acordo serão divulgados assim que a primeira fase for certificada.
Israel lançou a sua ofensiva contra Gaza após os ataques realizados a 07 de outubro de 2023 que fizeram quase 1.200 mortos e cerca de 250 reféns.
Desde então, mais de 46.700 palestinianos foram mortos na Faixa de Gaza, de acordo com as autoridades de Gaza, controladas pelo Hamas, com mais de 850 mortos pelas forças de segurança e em ataques de colonos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.