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Bombeiros sapadores em início de carreira com aumento de 379 euros até 2027

Carreira dos bombeiros sapadores não era revista há 22 anos

O ministro Adjunto e da Coesão Territorial considerou “um bom acordo” para os bombeiros sapadores o documento hoje assinado com seis sindicatos, avançando que terão um aumento de 379 euros até 2027 no início de carreira.

É claramente um bom acordo”, disse aos jornalistas Manuel Castro Almeida, depois de ter assinado o acordo sobre aumentos salariais e criação do suplemento de risco, designado por suplemento do bombeiro, com seis sindicatos que representam estes profissionais.

O ministro frisou que a carreira dos bombeiros sapadores não era revista há 22 anos, sustentando que estavam “a ser injustiçados ao longo de demasiado tempo”.

O acordo prevê uma revisão da tabela remuneratória, que se vai processar de forma faseada entre janeiro de 2025 e janeiro de 2026, e a criação de um novo suplemento, designado por suplemento do bombeiro sapador, que será calculado sobre o vencimento base com um aumento faseado - 10% em 2025, 15% em 2026 e 20% em 2027, no caso dos praças.

O acordo foi assinado pelos sindicatos que apresentaram uma proposta conjunta - Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais (SNBP), Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP), Sindicatos dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML), Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL) e Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) - e pelo Sindicato Nacional da Proteção Civil (SNPC).

Fora do acordo ficaram o Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores (SNBS), que diz ser o mais representativo, e o Sindicato Independente dos Trabalhadores da Floresta, Ambiente e Proteção Civil.

O ministro indicou que os bombeiros sapadores em início de carreira vão ter um aumento de 379 euros até 2027, o que significa que “são mais de 4.800 euros por ano de aumento nos rendimentos”.

É como se tivessem mais quatro meses de rendimento em cada ano. Significa um aumento global de 37%”, precisou.

Castro Almeida deu os parabéns aos sindicatos que hoje assinaram o acordo “porque souberam fazer uma luta insistente, foram muito persistentes na defesa dos seus direitos, mas souberam também compreender os limites do Governo”.

O Governo foi até ao limite, as contas públicas têm que estar certas, quer as contas da administração central, como da administração local. O segundo limite é o da equidade, da justiça relativa entre os diferentes agentes do Estado. Tem que haver equilíbrio e justiça relativa na relação entre os diferentes agentes do Estado. Este é o nosso limite, eles [sindicatos] compreenderam isso”, sublinhou.

Questionado sobre o facto de o sindicato que se considera o maior do setor ter ficado de fora do acordo, o ministro respondeu que “o Governo está disponível para negociar com quem quer negociar”, destacando que “os resultados estão à vista” com uma “grandes vantagens para os bombeiros sapadores”.

Quem não quiser negociar o Governo não pode obrigar a negociar, quem quiser negociar tem um bom interlocutor do lado do Governo”, disse ainda.

Além do ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Castro Almeida, o acordo foi assinado, pelo lado do Governo, também pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, pela secretária de Estado da Administração Pública, Marisa Garrido, pelo secretário de Estado da Proteção Civil, Paulo Simões Ribeiro, e pelo secretário de Estado das Florestas, Rui Ladeira.

Em Portugal existem cerca de 3.000 bombeiros sapadores em 25 municípios. As condições de carreira e de trabalho dos bombeiros sapadores é o Estado, ainda que sejam as câmaras municipais as responsáveis por pagar aos profissionais.

As negociações entre o Governo e os bombeiros sapadores ficaram marcadas por vários protestos com rebentamento de petardos e lançamento de tochas, além de uma ocupação da escadaria da Assembleia da República.

 

Janeiro 22, 2025 . 16:23

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