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Estados Unidos repatriaram 69 portugueses em 2024

Em 2024 foram deportados pelos Estados Unidos 271.484 estrangeiros para 192 países diferentes

Os Estados Unidos repatriaram 69 portugueses em 2024, mais nove do que no ano anterior, segundo o relatório anual dos Serviços de Imigração e Alfândegas norte-americano (ICE, na sigla inglesa).

De acordo com o relatório, em 2019 foram repatriados para Portugal 101 cidadãos, 47 em 2020, 28 em 2021, 33 em 2022 e 60 em 2023.

Estes serviços são responsáveis pelas operações de detenção e deportação de estrangeiros considerados prejudicais à segurança das comunidades norte-americanas ou que violam as leis da imigração e asseguram investigações ligadas à segurança nacional.

A questão do repatriamento de portugueses tem sido colocada após o recém empossado Presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado a sua intenção de deportar imigrantes ilegais.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Ragel, disse que eventuais deportações de portugueses em situação irregular nos Estados Unidos não terão “um impacto assinalável”, adiantando que o Governo “está preparado” e a trabalhar em articulação com o governo dos Açores.

Não temos previsão de que tenha um impacto assinalável, mas cá estamos, estamos sempre prevenidos”, disse terça-feira Paulo Rangel, durante uma audição na comissão parlamentar de Assuntos Europeus, tendo sido questionado pelo PS e Bloco de Esquerda sobre eventuais planos de deportação, já anunciados pelo novo Presidente norte-americano, Donald Trump.

O chefe da diplomacia portuguesa afirmou que o Governo lidará com a situação “sempre em estreita articulação com o Governo regional dos Açores”, de onde são oriundos grande parte dos emigrantes portugueses nos Estados Unidos.

Em 2024 foram deportados pelos Estados Unidos 271.484 estrangeiros para 192 países diferentes, incluindo 88.763 que tinham acusações ou condenações por atividades criminosas, 3.706 membros de gangues conhecidos ou suspeitos, 237 terroristas conhecidos ou suspeitos, e oito violadores dos direitos humanos, refere-se no relatório consultado pela Lusa.

Mais de 30% das pessoas expulsas tinham antecedentes criminais, com uma média de 5,63 condenações e/ou acusações por indivíduo, e muitos dos seus antecedentes criminais eram “extremamente graves”, tendo sido identificados e detidos indivíduos que eram procurados nos seus países de origem por atividades terroristas e participação em atos de tortura.

Foram também efetuadas 113.431 detenções administrativas, incluindo 33.243 detenções em flagrante, e 32.608 detenções criminais e apreendidas mais de 725 toneladas de estupefacientes, mais de 886 milhões de dólares em moeda (850 milhões de euros) e outros bens derivados de atividades criminosas e aproximadamente 192 milhões de dólares em moeda virtual (184 milhões de euros). Foram também identificadas e/ou recuperadas 1.783 crianças vítimas de exploração.

Janeiro 22, 2025 . 17:35

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